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Polícia identifica 4 suspeitos pelo crime de Embu-Guaçu
Do Diário OnLine
12/11/2003 | 18:14
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A Polícia Civil de São Paulo identificou quatro outros suspeitos de participação no assassinato do casal de estudantes Felipe Silva Caffé, 19 anos, e Liana Friedenbach, 16, em Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Além do menor R.A.A.C., 16, réu confesso no crime, a polícia tem os nomes de Agnaldo Pires (já preso), Paulo César da Silva ('Pernambuco', ainda foragido), Antônio Matias de Barros e um homem identificado apenas como Antônio (ambos presos). Estes dois últimos, segundo a polícia, teriam dado suporte aos três criminosos no período em que Liana e Caffé foram mantidos em cativeiro.

Segundo a polícia, Barros é amigo de Pernambuco e escondia a arma usada por ele na execução de Caffé. O delegado Josimar de Oliveira, que também trabalha no caso, disse que a peça apreendida no banheiro da casa de Barros é uma espingarda cartucheira calibre 28 – uma arma de caça, segundo descrição do policial.

O delegado Sérgio Melange, de Taboão da Serra (Grande São Paulo), afirmou que o crime está praticamente esclarecido, faltando apenas a prisão de Pernambuco. A polícia descobriu que ele mora no Parque Arariba, na zona Sul da capital. Investigadores foram à residência do acusado durante esta madrugada, mas não o encontraram. A esposa dele disse que Pernambuco é alcoólatra e passa vários dias longe de casa. O suspeito segue foragido.

A polícia já ouviu os depoimentos de R. (conhecido pelo apelido 'Chapinha') e Agnaldo Pires – cuja prisão preventiva foi decretada. Segundo o delegado Melange, os depoimentos permitiram depreender que Liana e Caffé foram abordados no sítio abandonado em que acampavam por Chapinha, Agnaldo e Pernambuco. "Eles (Chapinha e Agnaldo) dizem que pensavam numa maneira de pedir resgate (pelos estudantes), mas nenhum deles teve capacidade de perpetrar a ação", contou Melange. Segundo os outros dois delegados, Barros era o caseiro do cativeiro de Liana e Caffé, enquanto Antônio era o responsável pela comida dos dois reféns.

Melange afirmou que ainda não é possível saber exatamente qual suspeito matou Liana. "Um joga a culpa no outro." Os três delegados também não quiseram se aprofundar em detalhes sobre a morte de Liana – especialmente sobre a hipótese de ela ter sido estuprada pelos bandidos. Todos disseram que será necessário esperar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para ter certeza sobre a violência sexual. O relatório deve ser divulgado na próxima sexta-feira.

Conselho - Em entrevista à Rádio CBN, o pai de Liana, o advogado Ari Friedenbach, 49 anos, disse que sua família está "com um pedaço a menos" e fez um apelo para que os jovem "ouçam seus pais".

Emocionado, ele afirmou que é preciso que os adolescentes parem "para ouvir o pai, para que eles não olhem para a gente como quem não sabe o que fala."

Ele ressaltou que conversava com a filha e a orientava para que evitasse se colocar em situações perigosas, mas isto não evitou a tragédia. "Todos nós falamos, não foi falta de cuidado. Outras famílias que passaram por isso, acho que também falaram. Gostaria que os adolescentes repensassem o que estão fazendo, que tenham mais responsabilidade, não pensem que o mundo é só alegria."




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