O otimismo verificado há dias no mercado financeiro ganhou força mais uma vez por causa do bom cenário interno. Mas, segundo operadores, uma queda maior do que a verificada no pregão de quarta não foi possível porque os investidores corrigiram suas posições numa realização de lucros.

Próximo do fechamento, o dólar começou a subir, mas a notícia de uma nova operação do Banco Central para a renovação de uma dívida cambial favoreceu a queda. O BC renovou a parcela final de uma dívida de US$ 920,8 milhões, que vence no próximo dia 17. Pela manhã, a instituição tinha conseguido alongar 79%, o equivalente a US$ 727,6 milhões.

O mercado já amanheceu otimista com a aprovação da emenda constitucional sobre a regulamentação do sistema financeiro. O governo federal venceu o seu primeiro desafio no Congresso na noite de quarta com a aprovação da alteração do artigo 192 da Constituição, permitindo que a regulamentação do sistema financeiro seja feita por meio de diversas leis complementares.

Além de abrir caminho para a autonomia do Banco Central, a aprovação da proposta aumenta no mercado financeiro a expectativa de sucesso também na votação das reformas tributária e previdenciária, que devem chegar ao Legislativo no final do mês.

Também contribuiu para a queda do dólar a divulgação da Fipe sobre a inflação de março no município de São Paulo, que surpreendeu. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,67%, a menor taxa desde junho do ano passado. Nos meses de janeiro e fevereiro, as taxas haviam atingido, respectivamente, 1,61% e 2,19%.

Além disso, o avanço das tropas aliadas em direção a Bagdá, na guerra do Iraque, levantaram os mercados internacionais por sinalizar o final do conflito com a deposição do regime de Saddam Hussein.