Ao fazer a curva necessária para ingressar a Sapucaí, ainda na área onde alegorias e alas são organizadas, o carro abre-alas bateu seu lado direito em um prédio usado pela organização do desfile. A batida danificou parcialmente a alegoria (chamada "Anjos anunciam a luz que vem do céu"), que em seguida foi aprumada e seguiu pela passarela.
Cinco alas depois vinha o segundo carro, "Derrubando gigantes", que não conseguia fazer a curva para ingressar na área de armação. Foram gastos mais de cinco minutos de manobras para que a alegoria entrasse na passarela. Nesse intervalo a escola ficou parada na entrada da Sapucaí. Embora preocupados, os componentes que já estavam na pista cantavam e tentavam demonstrar descontração.
As três alegorias seguintes passaram sem problemas. As dificuldades só voltaram no último dos seis carros, formado por um ônibus lotado de "brasileiros que não desistem nunca" e uma alegoria engatada nele. Soltando muita fumaça, o ônibus conseguiu terminar o desfile.
Na plateia, quem não estava nas arquibancadas mais próximas da concentração não viu as dificuldades iniciais, limitando-se a notar que a escola trocou a cadência pela correria.
Com carros e fantasias luxuosas, a agremiação levou para a avenida o iatista Lars Grael, que perdeu uma perna em um acidente no mar, e o pianista João Carlos Martins, que virou maestro depois de perder o movimento dos dedos, entre outras personalidades. Martins já havia sido homenageado pela Vai-Vai, no carnaval de São Paulo, em 2011. Também havia menções ao líder negro africano Nelson Mandela, ao ex-jogador Ronaldo, a judeus, japoneses, haitianos e outros povos e personalidades que se reergueram após enfrentar graves dificuldades.
Ao final, o presidente de honra da escola, Jayder Soares, ignorou os problemas, restringindo-se a destacar que o limite máximo de tempo para o desfile foi respeitado. "Deu tudo certo, cumprimos o regulamento", afirmou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.