Pelo serviço, Silva recebia uma "gorjeta" semanal de R$ 100,00, em média. "Me sinto um laranja nessa história, pois, depois que começaram as investigaçoes, descobri o dinheiro que circulava por lá."
Um dos principais acusados de envolvimento na máfia das propinas, Ivan Márcio Gitahy, também ouvido pela CPI neste sábado, negou que tenha participaçao no esquema de corrupçao. Mas nao foi convincente em seu depoimento, pois caiu em contradiçao várias vezes.
Sobre as dezenas de cheques que ele trocava semanalmente em dois depósitos de bebidas, disse que "comprava bebidas" nesses estabelecimentos ou trocava os cheques para amigos seus, cujos nomes nao foram revelados.
Como Gitahy negou também todas as declaraçoes dadas por Silva sobre seu suposto envolvimento na máfia dos fiscais, a CPI decidiu fazer uma acareaçao entre os dois, realizada às 19h05 de sábado.
Frente à frente, Silva e Gitahy mantiveram suas posiçoes, ou seja, seus depoimentos continuaram contraditórios entre si. Por essa razao, a investigaçao sobre ambos agora, correrá pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Ambulantes - No início da noite, por ordem do secretário das Administraçoes Regionais Domingos Dissei, foi suspensa a operaçao de retirada dos ambulantes do Viaduto Santa Ifigênia, no centro, que havia sido determinada pela Prefeitura. Dissei atendeu ao pedido da CPI dos Fiscais, para adiar a transferência dos camelôs para o bolsao Ladeira General Carneiro, no Parque Dom Pedro, na mesma regiao, para nao atrapalhar as investigaçoes na AR-Sé. A tarde, 15 caminhoes da Prefeitura haviam sido deslocados para o viaduto, para efetuar a mudança das barracas. E, caso os camelôs resistissem, a Guarda Civil Metropolitana entraria em açao às 19 horas.
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