A licença para as atividades da casa havia sido concedida para o antigo estabelecimento, o Trem Caipira, que funcionava no mesmo local. Mesmo esse documento já estaria sem validade porque em agosto passado a prefeitura alterou a legislação e passou a exigir vistorias do Corpo de Bombeiros.

O dono do estabelecimento, Rubens Martins, disse que vai tentar indenizar as famílias das vítimas, mas tentou responsabilizar os organizadores do show do grupo de pagode pelo incêndio.

A Administração Municipal montou uma comissão de sindicância para apurar eventuais responsabilidades, até mesmo dentro da Prefeitura, e só na quarta-feira deverá apresentar conclusões. A Polícia Civil e o Ministério Público também abriram inquéritos para o investigar o incidente.

O incêndio na casa noturna ocorreu na madrugada de sábado. O fogo começou por causa de uma cascata de fogos de artifício no palco. Seis pessoas morreram e 341 ficaram feridas, sendo que cerca de 60 delas continuam internadas e duas ainda correm risco de morrer. O Canecão não tinha saídas de emergência e extintores de incêndio suficientes.

O prefeito em exercício, Fernando Pimentel (PT), informou que a partir de agora a Prefeitura, em parceira com o Corpo de Bombeiros, fará um intenso trabalho de averiguação de irregularidades em todas as casas noturnas da capital.