Transcorridos 3 dias desde a passagem do furacao, as costas de Orissa, no Golfo de Bengala, inclusive a capital do Estado, Bhubaneshwar, permaneciam completamente ilhadas do resto do país.
As autoridades locais eram incapazes, pela deficiência das comunicaçoes com as zonas mais prejudicadas, de oferecer um balanço preciso das vítimas e danos, mas ``informaçoes oficiosas' citadas pela imprensa estimaram mais de 3 mil mortos.
Acredita-se que 15 milhoes de pessoas, ou seja, mais de 40% da populaçao, foram atingidas por este vento de extraordinária intensidade, que destruiu quase 5 milhoes de casas, deixando milhoes de pessoas desabrigadas, segundo Jagannaj Patnaik, ministro das Finanças de Orissa.
Destacamentos do exército indiano começaram a chegar no domingo às áreas cobertas pelo lançamento de víveres e medicamentos, de pára-quedas a partir de helicópteros. Este continua sendo o único meio de ajudar a populaçao.
Os ventos registrados há três dias, que alcançaram 260 km/h, com ondas de 8 metros de altura, diminuíram, apesar de ainda estarem sendo registradas rajadas de vento de 70km/h e chuvas torrenciais sob a forma de uma tempestade tropical.
A Federaçao Internacional da Cruz Vermelha deveria enviar, esta segunda-feira, equipes encarregadas de determinar as regioes mais afetadas para distribuir ajuda e prevenir eventuais epidemias. Dezenas de milhares de pessoas acampam ao relento, nas áreas mais elevadas da principal estrada que atravessa o Estado, já que seus povoados ficaram debaixo d'água. Boa parte do Estado permanecia esta segunda-feira sem eletricidade nem água potável, mas o aeroporto de Bhubaneshwar foi reaberto.
A imprensa criticou esta segunda-feira a lentidao das autoridades em reagir ao furacao: ``Por que estamos tao desamparados diante das catástrofes naturais?', pergunta-se, num editorial, o jornal Times of India.
Se referindo a um ``desastre nacional', o primeiro-ministro indiano Atal Behari Vajpayee anunciou, durante o fim de semana, uma ajuda federal de 70 milhoes de dólares, quantidade estimada insuficiente pelos responsáveis políticos de Orissa, que prevêem recorrer à ajuda internacional.
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