Com pouco trânsito junto à cúpula do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), o PPL local estuda lançar candidato próprio ao Paço em outubro. A pouca estrutura, por conta do registro liberado às vésperas do limite para participação no pleito, não intimida a legenda, que pretende apostar na vereadora Marion Magali de Oliveira ou no empresário Toninho Pereira.

Em setembro, quando anunciou a filiação de Marion - ex-PTB e integrante da base de sustentação de Reali -, o presidente do PPL municipal, José Ribamar Dantas, afirmou que o caminho mais provável era ao lado do PT, mas que não descartava apoiar os oposicionistas José Augusto da Silva Ramos (PSDB) e Lauro Michels (PV).

Após a homologação partidária, o alto escalão do Paço convidou o PPL a participar das reuniões do conselho político formado por aliados para discutir as diretrizes do bloco governista na eleição. As reuniões, realizadas no fim do ano, não foram retomadas em 2012, gerando insatisfação de diversas siglas menores, entre elas o PPL.

"Gostaríamos muito de ter conjuntura política. Conversamos muito com o Mário, mas não acontece reciprocidade", reclamou Dantas. "Hoje, temos chance de 50% de lançar nosso candidato a prefeito. Seria essencial para fortalecimento do PPL", emendou.

O partido se reúne no dia 27 para ratificar candidatura própria à Prefeitura de Diadema. Além de Reali, Michels e José Augusto, a corrida eleitoral contará com o humorista Edvan Rodrigues da Silva, o Buiú (PMN).

No ano passado, o coordenador regional do PPL, Octávio Kahn, admitiu a possibilidade de Marion ser postulante ao Executivo. "Como expoente do partido, ela, inclusive, pode ser única candidata ao Paço." Nas outras cidades do Grande ABC, a tendência é de caminhar ao lado do PT no pleito. Em São Bernardo, após dirigentes municipais anunciarem que haviam fechado articulação com o deputado estadual Alex Manente (PPS), o presidente estadual do PPL, Miguel Manso, visitou o prefeito Luiz Marinho (PT) para assegurar apoio a seu projeto de reeleição.

A exceção na conjuntura de coligação com o PT é São Caetano, onde a legenda não referendou se fará coro ao candidato do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) ou ao vereador Paulo Pinheiro (PMDB).