Prefeitura de Ribeirão Pires tem 18 Pastas, mas o prefeito Clóvis Volpi (PV) nomeou ontem 38 secretários adjuntos. No total, o verde retirou 65 pessoas de funções concursadas e as colocou em cargos comissionados. A lista fui publicada nos atos oficiais do município, uma semana após a reforma administrativa exigida pelo Ministério Público ter sido finalizada.
"Nomeamos adjuntos para assuntos específicos. Fizemos isso nas secretarias que necessitam de mais atividade de comando", explicou o prefeito Clóvis Volpi (PV). A hierarquia das secretarias continua a mesma: quando o titular da Pasta se afasta, o adjunto assume, o que pode gerar conflito entre os nomeados, já que haverá mais de um subchefe em cada uma das 18 secretarias.
O chefe do Executivo disse que grande parte dos indicados já exercia função de líder. "Eram gerentes anteriormente e tiveram que deixar seu posto", explicou. Por conta disso, Volpi rebaixou o valor da remuneração desses profissionais. "Reduzimos os salários para equiparar com os da gerência", considerou. O salário para secretário adjunto anteriormente era R$ 3.400 e passou para R$ 3.200.
Para suprir a demanda nesta função, 14 funcionários foram promovidos à gerência. "Os gerentes eram comissionados. Com a nova lei só posso nomear pessoas de carreira", afirmou o secretário de Administração e Modernização, Eduardo Pacheco. O titular ressaltou que a medida é absolutamente legal. "Estamos falando de pessoas que já têm vínculo com a Prefeitra. O MP não fez nenhuma objeção quanto a isso", ponderou, rechaçando qualquer manobra para ludibriar determinação do Ministério Público.
Funcionários em cargos de comissão sempre causaram problemas ao prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). No ano passado, o Ministério Público entrou com Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para anular a contratação de 344 funcionários em cargos de livre nomeação.
Na época, o órgão constatou que 90% dos 381 comissionados da Prefeitura estavam em situação irregular, principalmente por ocupar funções administrativas, que deveriam ser preenchidas por concursados. A lei permite a locação de comissionados somente em cargos de chefia. O executivo culpa a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT), que revisou o plano de carreira e contratou centenas de pessoas em cargos de comissão.
O prazo dado pelo órgão para a regularização no quadro de funcionários terminou dia 30. Em entrevista ao Diário na segunda-feira, o prefeito Clóvis Volpi disse que a reforma havia terminado e que 60% dos comissionados foram reaproveitados, pois conseguiram aprovação no concurso público da administração.
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