Sem exagero, Sevilha pode ser considerada uma das cidades mais encantadoras da Europa. Imagine se surpreender a cada esquina pela riqueza cultural, que mescla influências de muitas origens, fruto das invasões sofridas. As tropas romanas chegaram em 206 a.C. e deixaram ruínas, como colunas no bairro Santa Cruz. Mouros a dominaram em 711, fase encerrada em 1248, com a reconquista cristã. As épocas são facilmente percebidas por meio da arquitetura. É uma cidade com alma moura e coração espanhol, tanto que construções árabes e renascentistas dividem quarteirões.

Apesar de tantas influências externas, é na capital da Andaluzia - região ao Sul da Espanha e a mais próxima da África, separada pelo Estreito de Gibraltar - que ainda vivem tradições espanholas já raras em cidades mais cosmopolitas, como Madri. A mais evidente é a siesta, período reservado para cochilar após o almoço. É curioso observar que o comércio fecha e o centro de Sevilha, a quarta maior cidade do país, com 700 mil habitantes, fica ‘fantasma' por algumas horas do início da tarde. Depois, volta tudo ao normal.

Nas vitrines das lojas, os itens mais exibidos são xales bordados e com franjas, leques coloridos com a borda rendada e vestidos de dança flamenca, ou seja, figurino das bailarinas. Muitos espanhóis dizem que em Sevilha são apresentados os melhores shows de tablado (flamenco) do país. São tantas opções que o turista fica perdido. Desde gratuitos em bares a casas de shows sofisticadas que incluem jantares.

A trilha sonora da cidade também pede flamenco, ouvido no comércio e em carros que transitam pelas ruas. Touradas também são muito presentes e divulgadas em cartazes e folders.