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Geórgia explode míssil russo que caiu em seu território
Da AFP
09/08/2007 | 15:46
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O governo da Geórgia revelou que precisou fazer explodir, por motivos de segurança, um míssil supostamente de origem russa que caiu em seu território na segunda-feira. A Rússia interpretou a iniciativa como uma destruição de provas.

"Nós o fizemos explodir porque nossos especialistas não podiam trabalhar nele e seu traslado era impossível", declarou o porta-voz do Ministério georgiano do Interior, Chota Jizanichvili.

Os restos do míssil, encontrado na noite de segunda-feira num campo a 60 km de Tbilisi, próximo da fronteira com a república separatista pró-russa da Ossétia do Sul, estão sendo examinados nas dependências do Ministério, anunciou o porta-voz.

O míssil é do tipo Raduga Kh-58 de fabricação russa, segundo os georgianos. Eles afirmam não dispor de mísseis deste tipo e acusam a Rússia de tê-lo lançado, o que Moscou nega categoricamente.

O oficial russo Marat Kulajmetov, comandante da força de manutenção da paz na Ossétia do Sul, criticou a destruição do artefato. "Em 7 de agosto, quando o grupo de vigilância chegou ao local, as principais partes do dispositivo explosivo tinham sido retirados pelos georgianos. Não sei por que era indispensável destruí-las", afirmou Kulajmetov, citado pela agência russa Ria-Novosti.

A diplomacia georgiana divulgou nesta quinta-feira um comunicado interno da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) segundo o qual o bombardeiro que disparou o míssil na Geórgia voava na direção "nordeste para sudeste". Para o governo georgiano, isso confirma que o avião vinha da Rússia.

Por sua vez, a aviação russa afirmou não ter realizado nenhum vôo deste tipo sobre o território da Geórgia. Os georgianos querem levar o caso para o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).




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