Quem pretende melhorar a situação financeira a hora é esta, ou melhor, o ano é este. Afinal de contas, o momento econômico é favorável para o profissional que busca melhorar a remuneração, segundo pesquisa feita pela consultoria Robert Half, especializada em recrutamento.

O levantamento foi realizado com 1.600 CFOs (Chief Financial Officer) de empresas dos Estados Unidos e Canadá. Mais de um terço (38%) dos executivos entrevistados está disposto a negociar os salários com os candidatos mais qualificados, em comparação há 12 meses. Apenas 5% dos entrevistados estão menos dispostos a negociar salários.

O otimismo vale para as corporações brasileiras. "Estamos falando de profissionais que ocupam cargos de média e alta gerência e que recebem entre R$ 7.000 e R$ 40 mil por mês. Para essas pessoas a tendência é que a negociação salarial seja beneficiada neste ano, devido à falta de profissionais qualificados para ocupar essas funções. As empresas buscam reter seus talentos. É a lei da concorrência de mercado", explica o diretor de operações da consultoria de recrutamento, Fernando Mantovani.

Ainda segundo o levantamento, os CFOS foram questionados se estariam mais ou menos dispostos a negociar salários com os melhores candidatos a emprego, que há 12 meses. O resultado da consulta foi o seguinte: muito mais disposto, 11%; um pouco mais disposto, 27%; nenhuma diferença, 54%; um pouco menos disposto, 4%; muito menos disposto, 1%; não se aplica, 3%.

Mantovani conta que no Brasil, mesmo com a estagnação da economia vivida em 2011 (devido à crise financeira mundial), o País não deixou de contratar profissionais, principalmente para cargos de liderança. "Não chega a ser um investimento. Contratar gestores é uma questão de necessidade para qualquer corporação."

CUIDADOS  - No momento de pleitear um reajuste salarial há alguns cuidados que precisam ser levados em conta. O principal deles é o momento de ter essa conversa com seu superior. "Mentir sobre outras propostas profissionais e solicitar remunerações fora da realidade do mercado são péssimo para a imagem do profissional. Se a empresa passa por um momento delicado então, como demissões, nem se fale", enfatiza o diretor de operações.