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Preso em SP bandido que fingia ser paraplégico
Do Diário do Grande ABC
21/06/1999 | 17:02
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O assaltante David Alexandre Barros Júnior, 29 anos, que se passava por paraplégico, foi preso sábado à noite, na zona leste de Sao Paulo. Condenado a 36 anos de prisao, foi resgatado na tarde de 13 de maio, na porta do Fórum Criminal de Itaquaquecetuba.

Barros, seu irmao Samuel Vieira Barros, 22 anos, Luciano Mendes Miranda, 33, e Rogério Vieira Rodrigues, 35, se preparavam para assaltar a residência do proprietário de um parque de diversoes, em Vila Buenos Aires. A polícia soube do plano e evitou o assalto. Samuel morreu na troca de tiros, Miranda e Rodrigues foram presos. O investigador Guilherme Lazo Solano Filho, de 30 anos, foi baleado na perna.

Barros é autor de seqüestros e assaltos em Sao Paulo e Rio de Janeiro. Nos últimos seis anos ficou em cadeira de rodas na Penitenciária de Presidente Wenceslau, interior de SP. Todos pensavam que estivesse paraplégico por causa de um tiro recebido na coluna cervical, em 1993. Depois de sessoes de fisioterapia particulares, Barros começou a andar mas, segundo a polícia, continuou a dizer para os médicos que nao "tinha forças nas pernas."

O delegado Edson Remígio Santi, da 2ª Delegacia da Divisao de Crimes Contra o Patrimônio, responsável pela prisao, disse que Barros montara um plano para sair da penitenciária com escolta reduzida. "Ele contou que quando escoltam paraplégicos o número de militares é mínimo e facilitaria a sua fuga."

Correu - No dia 13 de maio Barros foi convocado para ser ouvido em processo por assalto em Itaquaquecetuba. Foi escoltado por dois policiais militares de Presidente Venceslau e se apresentaria ao juiz da cidade. Seus irmaos cuidaram do resgate. Oito homens deram muitos tiros de escopetas e metralhadoras assim que a porta do carro da Penitenciária foi aberto no Fórum de Itaquaquecetuba. Os militares foram baleados e testemunhas contaram à polícia ter visto o ladrao levantar-se da cadeira de rodas e correr para um dos automóveis do grupo.

Na noite de sábado, Barros, Samuel, Miranda e Rodrigues foram para a Rua Ouro Fino. Esperaram a chegada do empresário Joaquim Pinheiro e quando pretendiam entrar na casa foram cercados pelos policiais. Samuel tentou fugir dirigindo uma Saveiro roubada no dia 7 no Parque do Carmo, baleou o investigador Solano e morreu no tiroteio.

Barros, Miranda e Rodrigues foram presos quando corriam pela rua. "Barros parou somente quando demos um tiro de escopeta para o chao", informou o delegado. Barros tinha cédula de identidade de Minas Gerais com o nome de Afonso de Oliveira Bueno. Com uma longa ficha de antecedentes contou aos policiais ter seqüestrado em Sao Paulo, em junho de 1992, Carlos Alberto Zulini, e em Duque de Caxias (RJ), em novembro de 1993, Max Pasquini.




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