Os ativistas do movimento ecológico alegam que o protesto teve como objetivo "chamar a atenção do mundo sobre a preocupação acerca do meio ambiente e da saúde das gerações futuras e do planeta", segundo nota divulgada pelo Greenpeace. A mensagem contida na faixa se refere à Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada durante dez dias em Johannesburgo e encerrada na quarta-feira passada. Ambientalistas esperavam compromissos ecológicos para o futuro por parte das nações mais ricas e poluidoras do mundo. Mas os avanços foram considerados modestos e frustraram os ecologistas.
A paróquia de São Judas Tadeu, responsável pela área do monumento, informou que os ativistas não pediram permissão para escalar a estátua. Em nota oficial, o Greenpeace nega que o ato teve como objetivo "atingir a imagem da Igreja Católica ou vilipendiar ou ultrajar o monumento religioso". O padre José Benedito Reis Filho, da paróquia de São Judas, classificou a manifestação como um "desrespeito à imagem de Cristo" e aos católicos de todo o Brasil.
Os nove alpinistas passaram dois dias escondidos na floresta que cerca o Cristo Redentor e invadiram a área do monumento por volta das 8h, aproveitando um descuido da vigilância. Para estender a faixa, foram necessárias três horas. Cerca de 30 policiais militares ficaram esperando pela descida dos alpinistas. A manifestação deveria ter ocorrido no último domingo, mas foi suspensa por causa da chuva que caiu na capital fluminense.
Os nove manifestantes, sete brasileiros, uma americana e um irlandês, foram ouvidos e responderão, em liberdade, por vilipêndio de objeto religioso.
Mais protesto - Ambientalistas do Greenpeace ainda fizeram um protesto na entrada principal do 17º Congresso Mundial de Petróleo, que está sendo realizado no Riocentro (Rio de Janeiro). Os manifestantes fizeram pichações com óleo queimado, escrevendo mensagens como "E$$O" e "destruição".
Os ecologistas promoveram ainda um 'enterro simbólico' da Rio+10. Vestido de executivo de uma petrolífera, um ambientalista manipulava uma marionete representando George W. Bush, que 'sepultava' os resultados da Cúpula de Johannesburgo.
O diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Frank Guggenheim, classificou de "tapa na cara" a escolha do Rio de Janeiro para abrigar o congresso mundial do petróleo, lembrando que a cidade brasileira foi o "berço da conscientização ecológica e da discussão sobre o desenvolvimento sustentável" durante a Eco 92.
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