A abertura das propostas da megalicitação da Petrobras para a construção de 28 sondas de perfuração acontece hoje, sem que tenha chegado ao fim a guerra entre os concorrentes, que permeou todo o processo. A mais recente polêmica, que envolve o licenciamento ambiental dos novos estaleiros, permanece. Não há certeza, sequer, se os sete grupos proponentes estarão de fato qualificados para o processo.

A reportagem teve acesso aos documentos apresentados pelos participantes e identificou - com auxílio de especialistas em legislação ambiental e de fontes entre os estaleiros participantes - pontos que podem suscitar tanto a apresentação de recursos administrativos quanto ações judiciais futuras.

ATRASO - "O prazo para os recursos administrativos vai até amanhã (hoje). Se eles acontecerem, vamos avaliar caso a caso o que pode ser feito", disse o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ao ser indagado sobre um possível atraso na entrada em operação destas sondas, durante evento em Ribeirão Preto.

Por enquanto, a estatal brasileira de petróleo ainda não manifestou a intenção de preparar plano B para eventual atraso na licitação, que já foi adiada seis vezes.

O mercado estima que os quatro pacotes, de sete sondas cada, deverão atingir investimentos na ordem de cerca de US$ 30 bilhões.