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Líder no setor, Narita acelera expansão
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
14/09/2008 | 07:13
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De um pequeno negócio iniciado em uma garagem há 15 anos para a atual liderança em seu segmento, a indústria de máquinas Narita, de São Bernardo, segue uma trajetória ascendente, em que tem alcançado expansão anual da ordem de 20%.

Maior fabricante de rotuladoras de manga (um maquinário para pôr rótulos em garrafas PET) no Brasil e com exportações para 40 países, a empresa deve manter o forte ritmo de crescimento neste ano. Espera fechar 2008 com faturamento de R$ 20 milhões e um volume de vendas de 50 máquinas por mês.

Para acompanhar o crescimento da demanda e ganhar produtividade, a empresa realiza investimentos neste ano de R$ 2,5 milhões em ampliação e modernização. Adquiriu uma nova máquina de corte a laser, novas licenças de software para projetos.

Também já está nos planos a aquisição de um novo espaço, de 10 mil m². O atual, de 5.000 m², começa a limitar a possibilidade de se manter em expansão. "Recebo muitas propostas de outras cidades, mas gostaria de ficar em São Bernardo", afirma o diretor-presidente, Alessandro Carlo Angeli.

O empresário é otimista. Para ele, a concorrência dos chineses não chega a assustar. Pelo contrário, é uma oportunidade. "Muitos concorrentes que fabricavam com menor qualidade e de maneira artesanal estão desaparecendo", afirmou.

POR ACASO
Formado em agronomia, Angeli, iniciou quase por acaso no segmento de máquinas. No início da década de 1990, ele atuava na agricultura e passou por dificuldades Entre outros fatores, em função do confisco da poupança, do Plano Collor. "Morava no Mato Grosso do Sul e plantava em terras arrendadas. Esse mercado é muito sazonal e decidi sair", afirmou.

Depois de dois anos no Japão, voltou ao Brasil para morar em São Paulo, onde se iniciou quase por acaso no ramo. "Fiz uma máquina para uso próprio, para prestar serviço de confecção de sacos plásticos. Um cliente viu e se interessou pelo equipamento. Comprou um e encomendou mais três", disse.

Rapidamente a empresa deslanchou. Angeli não conhecia a fundo o mercado, mas avalia que talvez ,até por isso mesmo, tenha se saído bem. "Se conhecesse talvez não tivesse entrado, pois o segmento é muito competitivo".




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