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A construção civil brasileira deverá crescer cerca de 5% em 2006, segundo divulgou o SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo). Se o PIB aumentar 3,5%, o crescimento do setor deverá ser de 4,9% em 2007. As previsões foram anunciadas nesta quarta-feira pelo presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti.
Segundo o sindicato, a explicação para esses dados está nos estímulos oficiais e no aumento do volume de financiamentos. Os recursos vieram de várias frentes, como poupança, FGTS, mercado de capitais, Orçamento e BNDES.
Cerca de R$ 9,2 bilhões da poupança devem financiar em torno de 120 mil unidades habitacionais em 2006, segundo expectativa da Abecip (crédito imobiliário). Até outubro, a habitação de baixa renda registrava a aplicação de cerca de R$ 7,1 bilhões, com recursos do FGTS e do PAR.
O mesmo desempenho positivo não caracterizou outros segmentos da construção. Em 2006, a União direcionou apenas R$ 643 milhões para transportes e R$ 547 milhões para saneamento. Problemas como ausência de um marco regulatório, como no caso do saneamento, ou dificuldades na gestão dos recursos, como na habitação popular, levaram à não-aplicação da totalidade das verbas disponíveis.
O SindusCon-SP também manifestou-se favorável às ações para agilizarem o desenvolvimento, como a criação do marco regulatório do saneamento, a remoção de entraves ambientais, a desoneração tributária e a desburocratização.
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