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África pronta para a Copa
19/11/2009 | 07:00
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Divulgação


Que a bola vai rolar na África do Sul, não há dúvida. Os estádios estão quase prontos e não existe mais qualquer desconfiança sobre a capacidade de o sul-africano se organizar. O próximo passo dos anfitriões é decidir o que fazer com os 500 mil visitantes vindos de todas as partes do mundo durante a Copa, que começa no dia 11 de junho.

Ver os jogos e vibrar com a seleção é fundamental para essa gente que acompanha a competição de quatro em quatro anos, sem se importar em qual continente ela acontecerá, se na Europa, América ou África. Mas não é somente isso. Durante a realização de uma Copa do Mundo, o torcedor espera se divertir e desfrutar de cada centavo do dinheiro investido.

A Stella Barros Turismo, uma das operadores credenciadas pela Fifa para negociar ingressos e viagens aos brasileiros, oferece oito pacotes para a Copa de 2010. Os preços variam entre US$ 8.700 (R$ 13,9 mil) - o mais barato - e US$ 33,5 mil (R$ 53,6 mil), que dura 32 dias.

Há outras empresas cadastradas. Em comum, todas elas trabalham para que nada dê errado ao viajante. Sobretudo se tratando de um país pouco conhecido pelos brasileiros. "Esqueça o torcedor comum de futebol, aquele sem camisa na arquibancada. O público que vai à Copa é outro. Trata-se do torcedor fanático, que mistura duas paixões, o futebol e o passeio", diz Douglas de Presto, diretor de Copa do Mundo do Grupo Águia.

"A nossa função é levar o brasileiro para a África do Sul e oferecer o que ele espera e também o que não espera encontrar lá, desde os jogos do Brasil até opções de lazer para os dias livres. O que sabemos é que ele não quer ficar no hotel."

O caminho do torcedor em terras sul-africanas, que se tornará solo da Fifa, passa necessariamente por três centros: Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban. Não seria demais afirmar que essas três cidades formarão o coração da África do Sul na Copa do Mundo.

Na Cidade do Cabo, banhada pelo Oceano Atlântico, o torcedor terá dias cheios. O porto Victoria & Albert Waterfront esbanja charme e convida o visitante a permanecer em suas plataformas, mesmo que para nada fazer. O local foi reformado e agora, além de barcos de passeio (um deles simbolicamente inspirado em um navio pirata), há diversos bares e restaurantes, lojas e espaços culturais. Outro detalhe é que em Waterfront não se anda sem ouvir bom jazz.

A Cidade do Cabo é bem planejada, com ruas e avenidas largas. Seu colorido durante o dia contrasta, porém, com o entardecer silencioso e quase abandonado. Lá, as pessoas não saem à noite e o governo - em seu ritmo - tenta diminuir a diferença social entre brancos e negros.

A maior favela da cidade tem 11 quilômetros e abriga 800 mil pessoas. A boa notícia é que já existem casas de alvenaria nela, graças a empresas privadas que ajudam na melhoria.

"Haverá segurança e policiamento ostensivo durante a Copa. Teremos a colaboração de polícias inteligentes como Interpol e Scotland Yard", explica Calvyn Gilfellan, diretor-geral de marketing da Cidade do Cabo para a Copa.

Dos 500 mil visitantes esperados em junho, Calvyn Gilfellan estima que metade desembarque na cidade. Dos R$ 10 bilhões que o país gastou para sediar o Mundial, R$ 500 milhões foram destinados somente ao aeroporto e suas imediações.

Uma opção recomendada aos visitantes é subir até o Table Mountain por um bondinho que custa 160 rands (cerca de R$ 40).

Do seu teto surge uma linda e completa vista da cidade, do porto, da Robben Island - onde Nelson Mandela ficou preso por 19 anos - e de uma cadeia de 12 montanhas. Elas seguem em direção ao Cabo da Boa Esperança, o histórico local onde o navegador português Bartolomeu Dias dobrou para chegar às Índias, em 1488.




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