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Indústria naval tenta ajudar estaleiro Mauá
10/10/2009 | 07:00
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Divulgação


Um acordo está sendo alinhavado nos bastidores da indústria naval carioca para evitar que o estaleiro Mauá, o mais antigo do País, fique sem encomendas com sua participação suspensa nas licitações da Petrobras. A estatal tem comissão interna avaliando o envolvimento do estaleiro Mauá com fraudes em licitações, detectadas pela PF (Polícia Federal) há três anos. Antes da conclusão da análise, porém, decidiu não convidar o estaleiro para a megalicitação que vai lançar na próxima semana para a construção de 28 sondas no Brasil.

Segundo fonte, diante das pressões do governo do Estado para que o estaleiro não seja cortado, a Petrobras teria admitido não se contrapor às propostas de outros grupos que tenham a intenção de subcontratar o Mauá. A ideia é que o Eisa (Estaleiro Ilha S.A) faça proposta para a construção de sondas subcontratando o Mauá, já que o Eisa pertence ao mesmo grupo, o Synergy Group, do empresário German Efromovich.

"É um ganha, ganha. A Petrobras não abre mão de deixar o Mauá de lado por conta da fraude confessa dos seus gerentes envolvidos na investigação da Polícia Federal. Mas também não fica mal com o governo local, justamente numa época em que está envolvida com outro acordo em que precisa do aval do Estado", disse, citando a negociação que está em jogo para que a Petrobras arrende a área do antigo estaleiro Ishibrás, no Rio, para a construção de sondas e plataformas.

Segundo esta fonte do setor, o Eisa assumiria todos os riscos envolvidos com a subcontratação do Mauá, isentando a Petrobras de qualquer envolvimento com suspeitas que ainda vierem a ser investigadas pela PF.

Possível vitória do Eisa na licitação das sondas evitaria que houvesse demissão em massa no estaleiro, que até o fim do ano conta com 4.000 funcionários atuando na plataforma da Petrobras que será destinada à Mexilhão, na Bacia de Santos.




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