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Kia lança minivan Carens para concorrer com modelos franceses
Paulo Basso Jr.
Enviado pelo Diário a Campos do Jordão
10/07/2001 | 17:13
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O segmento de monovolumes, que também são conhecidos como minivans, ganhou mais um concorrente com o lançamento da Carens pela Kia Motors do Brasil. Única do segmento com opção de câmbio automático, a minivan disputará mercado com os Citroën Picasso, Renault Scénic e GM Zafira.

Ao lado do modelo da GM, a Carens leva vantagem sobre os concorrentes das montadoras francesas no que diz respeito ao espaço interno, já que abriga até sete passageiros. Sem oferecer pacote de opcionais, entretanto, a minivan coreana é a mais cara do segmento: R$ 43.855. Com câmbio automático, o preço sobe para R$ 47.755. A versão top do Picasso custa R$ 41,3 mil; do Scénic, R$ 42.510; e do Zafira, R$ 43.105.

“Não temos como competir em preços, pois pagamos taxa de importação”, afirma José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil. Para compensar, a Carens lança mão dos itens de série, como CD Player, ar-condicionado e tomada de energia.

Debaixo do capô, a minivan conta apenas com uma versão de motor: 1.8 16V de 130 cv de potência máxima. A potência é maior do que a oferecida pelo motor do Picasso 2.0 16V (118 cv) e quase igual às do Zafira e Scénic – 136 cv e 140 cv, respectivamente, ambos com propulsor 2.0 16V.

Montada sobre a plataforma do sedã Sephia, a Carens possui design tipicamente asiático e compartimento do motor avantajado. A dianteira chama atenção pela grade de dimensões exageradas, enquanto a traseira abriga lanternas grandes e um pára-brisa que invade as laterais.

Por dentro, o acabamento é simples e funcional. A minivan possui air bag duplo, bancos reclináveis, porta-óculos no teto, dois porta-copos centrais, mais um para o motorista e outros cinco para os passageiros de trás. De gosto duvidoso é o fundo do painel azul, que destoa em relação ao ambiente sóbrio do habitáculo.

O Diário avaliou a Carens nas estradas sinuosas da região de Campos do Jordão, no interior de São Paulo. O desempenho da versão com câmbio automático, cuja alavanca se localiza na coluna de direção para ampliar o espaço interno, deixa a desejar.

Em subidas longas, a relação de marchas desproporcional parece não explorar a capacidade do motor, cujo torque máximo chega a 17 kgfm a 4,5 mil rpm. Lentamente, a minivan alcança 6 mil rpm em primeira marcha, mas o problema maior é sentido quando a segunda é engatada. A relação é longa demais, o que força o motor e transmite ruídos desagradáveis ao habitáculo. Quando finalmente o motor alcança a terceira marcha, a impressão é a de que o carro perde agilidade e o esforço exercido foi em vão.

A versão manual, por sua vez, é bastante agradável. Com marchas bem escalonadas, é possível sentir a potência do propulsor, que responde rápido aos comandos do motorista e transmite confiança.

O jornalista viajou a convite da Kia Motors do Brasil.




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