Ele está preso desde o dia 30, acusado de integrar a suposta quadrilha desbaratada pela Operação Anaconda. “Foi uma estratégia para não falar”, disse o presidente da CPI, Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), que apura a ligação de Bellini com contrabandistas.
Um relatório médico apresentado pelo advogado do delegado da PF, José Waldir Martin, informa que Bellini sofre de “transtorno mental devido ao uso do álcool”, além de diabetes descompensada.
Martin disse ter aconselhado o delegado a não falar. “Vim com atestado para dispensá-lo, mas recebi um telefonema da custódia, e ele (Bellini) disse que viria”, afirmou o advogado, lembrando que o delegado estava numa clínica psiquiátrica desde o dia 22.
De shorts, camisa semi-aberta e o braço esquerdo apoiado numa tipóia – quebrou o úmero numa queda, antes de ir para a prisão –, Bellini falou pouco nos poucos minutos em que esteve diante dos deputados.
“Até contrariei as normas em consideração aos senhores. Não tenho a mínima condição. Me deu tontura, estou urinando na... Vim por questão de ética e respeito”, disse, com dificuldade, o delegado, cuja voz apareceria em várias gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal, falando sobre dinheiro na Suíça, fazendo ameaças e negociando com um dos principais alvos da CPI, o chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong, apontado pela polícia como um dos maiores contrabandistas do país.
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