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Servidores adiam votação de acordo
Matheus Adami
Do Diário do Grande ABC
02/04/2010 | 08:26
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Em assembleia realizada ao ar livre ontem, no Paço Municipal, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo adiou a votação da proposta de acordo coletivo apresentada pela Prefeitura. O projeto encaminhado pelo prefeito Luiz Marinho (PT) será votado no dia 8, em novo encontro. A data-base para mudanças, 30 de março, já foi ultrapassada.

 O motivo do adiamento foi que o documento da administração não contempla todos os servidores. Somente 289 funções teriam reposição salarial, benefício que atingiria a aproximadamente 5.500 funcionários. Outros 272 cargos já tinham modificado a referência salarial e não seriam atingidos na mudança sugerida pelo governo.

Por esse motivo, a proposta de Luiz Marinho foi considerada ruim pelo funcionalismo. "Embora faça justiça para quem não teve a referência mudada, isso divide a categoria. Corrige, mas divide", disse o presidente do Sindserv, Carlos Roberto Ketu.

Outros servidores, mais exaltados, consideraram a posição do governo como uma trapaça. "No dia da mentira, o líder do Executivo deu um golpe nos servidores, dividindo a categoria. É um golpe de uma pessoa que, historicamente, sempre foi a favor do movimento sindical", declarou um servidor.

Nos papéis da Prefeitura, as funções estavam especificadas, entretanto, não ocorreu a leitura para as cerca de 60 pessoas que estiveram na reunião.

Em campanha salarial desde fevereiro, os quase 13 mil funcionários públicos de São Bernardo acumulam uma defasagem salarial de 11,57% só durante a gestão Marinho. De 1997 a 2010, o percentual salta para 51%.

Além da reposição salarial para 289 cargos, a Prefeitura fez outras propostas. O piso da categoria seria elevado de R$ 609 para R$ 703.

Já o auxílio-alimentação teria o valor alterado de R$ 5,02 para R$ 7. O subsídio do funcionário varia de acordo com a faixa salarial. Os que recebem do novo piso (R$ 703) até R$ 803, contribuem com 10% do valor. De R$ 884 a R$ 1.389, 20%. A partir de R$ 1.390 até R$ 2.021, a porcentagem sobe para 30%. E, acima de R$ 2.021, 40%.

A implantação do vale-transporte para todos os servidores, reivindicação da categoria, não foi cotada na lista de propostas do Paço. Atualmente, só recebe o benefício funcionários celetistas, ou seja, concursados que trabalham de acordo com o regime estipulado pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Os estatutários (que trabalham regidos pelo Estatuto do Servidor) não têm acesso.




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