Agora é possível delicioso mergulho no samba da década de 1970. Quatro preciosos discos do gênero foram resgatado e retornam agora ao mercado. Voltam a ver a luz do dia os álbuns assinados pelo compositor carioca Xangô da Mangueira (1923-2009).

Nascido Olivério Ferreira, o músico, filho de uma paulista com um mineiro, lançou seu primeiro disco, 'O Rei do Partido Alto', (Microservice, R$ 16,90 em média), em 1972, prestes a completar 50 anos. Foram reeditados também, com as capas fielmente reproduzidas, os títulos 'Velho Batuqueiro', de 1975, 'Chão da Mangueira', de 1977, e 'Xangô da Mangueira vol. 3', de 1978, (Discobertas, R$ 16,90 em média).

Ao lado de instrumentos clássicos como cavaco, violão e cuíca - sempre bem arranjados - a voz grave de Xangô impera nas canções que recheiam as obras. Considerado mestre do partido alto, emplacou canções belas como 'Carolina Meu Bem', 'O Namoro de
Maria' e 'O Velho Batuqueiro', todas do terceiro disco.

Álbum que merece destaque é 'O Rei do Partido Alto'. Dele saíram faixas preciosas como 'Quando Vim de Minas', regravada por Clara Nunes. 'Outras canções - 'Moro na Roça' e 'Recordação de um Batuqueiro' - foram pinceladas deste disco por figuras ilustres como Clementina de Jesus e Martinho da Vila. Excelente oportunidade para descobrir ou redescobrir a obra desse ilustre brasileiro.