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Líder guerrilheiro do Congo está cauteloso quanto à negociaçoes
Do Diário do Grande ABC
08/01/1999 | 14:07
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O líder dos guerrilheiros do Congo reagiu hoje com cautela à proposta de iniciar negociaçoes feita pelo presidente Laurent Kabila, que, até agora, se negava a ter uma reuniao com os rebeldes.

A resposta do dirigente guerrilheiro Ernest Wamba dia Wamba foi divulgada um dia depois do gesto do presidente Kabila.

``É um bom sinal que ele esteja demonstrando disposiçao para negociar', disse Dia Wamba à Associated Press. ``Quer dizer que está reconhecendo que a rebeliao existe e que nao há como resolver a crise a menos que conversemos', acrescentou.

Kabila disse a estudantes que estaria disposto a se reunir com a coalizao rebelde - formada por tutsis, desertores do exército congolês e políticos da oposiçao - se ela fosse a Kinshasa.

Mas Wamba disse que o local e a agenda da reuniao teriam que ser negociados.

No ano passado, Kabila exigiu a retirada de tropas de Ruanda e de Uganda que apóiam os rebeldes. Kabila é apoiado por soldados de Angola, do Zimbábue, da Namíbia e do Chade.

Enquanto isso, em Nairóbi, Quênia, o embaixador congolês Kyungu Wa-Ku-Mwanza disse que os líderes rebeldes seriam bem-vindos em Kinshasa.

``O presidente Kabila é um homem que quer unir o povo do Congo', disse Mwanza. que também sugeriu que as tropas angolanas devem sair do Congo, já que enfrentam uma rebeliao em seu próprio país.

Ruanda e Uganda, que ajudaram Kabila a derrotar o ex-ditador Mobutu Sese Seko em 1997, disseram que estao no Congo em parte para proteger suas fronteiras dos rebeldes que operam lá.

Os hutus de Ruanda, responsáveis por um genocídio em 1994 nesse país e as Forças Aliadas Democráticas de Uganda usam bases no leste do Congo para lançar ataques a seus próprios países.




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