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Cafu diz que PT de Rio Grande é 'imaturo'
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
19/02/2011 | 08:38
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Ricardo Trida/DGABC


O ex-candidato a prefeito por Rio Grande da Serra Carlos Augusto Cesar, o Cafu (PT), disparou contra a legenda na cidade chamando-a de "imatura" e anunciou que não vai pleitear internamente chance de concorrer ao Paço no ano que vem. Em 2008, o petista obteve 18% dos votos válidos e acabou derrotado pelo atual prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB).

O principal alvo das críticas é a pré-candidatura do vereador Claudio Manoel Melo, o Claudinho da Geladeira (PT). "A partir do momento que se lança um nome, não se discute projeto", afirmou.

O petista defende diálogo com outras legendas. "Quando não se abre mão de candidatura própria fica difícil conversar com outros partidos", considerou o ex-postulante, que acredita na força das coligações, pois elas são "o segredo do sucesso". "O Lula provou isso durante as campanhas de 2002 e 2006", pontuou.

Para Cafu, a postura da sigla é "prepotente". "O PT de Rio Grande não tem humildade", atacou. O petista defende composição com o PTB, da atual vice-prefeita Helenice Arruda, que já tenta viabilizar seu nome para 2012. "Seu inimigo de hoje pode ser seu aliado de amanhã. Na política é assim, mas eles não pensam dessa forma", analisou.

Apesar das críticas, Cafu diz que não está magoado com a executiva. "Não estou chateado. Só acho que tenho coisas mais importantes a fazer do que entrar em disputa interna. Isso não leva a nada". Atualmente o petista trabalha em Brasília como assessor de gabinete da senadora Marta Suplicy (PT-SP).

CONSENSO? - Cafu colocou em xeque o apoio que Claudinho diz possuir. "O debate foi feito? Comigo não. Ele é candidato dele e de alguns dentro do PT. A discussão foi errada", pontuou. Especula-se que entre os seis integrantes da executiva, quatro estejam apoiando o vereador. Para o petista, o ex-prefeito Ramon Velasquez (PT) e o vereador Cleson Alves de Souza (PT) figuram como possíveis postulantes ao posto de prefeito.

Claudinho, por sua vez, mantém discurso de garantir viabilidade do nome. "Estamos construindo. Queremos candidatura que una o PT", declarou. Sobre Cafu, o parlamentar se mostrou "surpreso" e admitiu que seu caminho fica mais fácil. "Não pensei que fosse pra agora. Aumenta as possibilidades para meu nome. Fiquei surpreso com essa decisão", concluiu.

Cleson não declara apoio a Claudinho, mas pondera sobre indicação. "A decisão é democrática. Se quiser, posso ser candidato também. Vários dentro do partido têm essa ansiedade. É prematuro qualquer dicussão. Tem momento que não vale a pena colocar o que se passa", salientou. O presidente do PT, Benedito Araújo, não foi encontrado para comentar o assunto.




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