O premiê, Ehud Barak, reuniu imediatamente o gabinete de segurança em Jerusalém nos prédios da Knesset (parlamento) para discutir como seria a réplica israelense, informou a rádio pública.

O atentado acontece no mesmo dia em que os palestinos celebram a ``jornada da Fatah', que comemora a primeira operaçao armada lançada contra Israel a primeiro de janeiro de 1965 pela Fatah, movimento do presidente palestino Yasser Arafat e principal componente da Organizaçao para a Libertaçao da Palestina (OLP).

Esta data marca para os palestinos o começo de sua ``revoluçao' e todas as organizaçoes palestinas tinham feito um apelo para que nesta segunda-feira intensificassem a Intifada (levante palestino) que começou a 28 de setembro passado.

A jornada, no entanto, se desenvolveu de modo relativamente tranqüilo nos territórios ocupados.

O último atentado com bomba cometido em Israel deixou um saldo de 13 feridos no dia 28 de dezembro último, quando uma bomba explodiu num ônibus no centro de Tel Aviv.

``Apesar desse atentado, deveríamos continuar com as negociaçoes', disse o ministro das Finanças, Avraham Shohat, próximo a Barak que, no entanto, nao faz parte do gabinete de segurança.

``Pode ser que o ferido grave seja o autor do atentado', disse à rádio israelense o delegado Danny Ronen, da polícia de Netanyá, o que seria em tese um atentado suicida.

O delegado disse que a bomba, de dez quilos, foi colocada no banco de trás do carro, que tinha sido roubado há três meses.

Por sua vez, o novo chefe da polícia israelense, Shlomo Aharonisky, que assumiu suas funçoes nesta segunda-feira, disse que aparentemente a bomba era de fabricaçao artesanal.

O delegado Ronen também disse que a política deteve em vao um carro suspeito que fugia a toda velocidade em direçao a vizinha Cisjordânia.

O ministro palestino da Informçao, Yasser Abed Rabbo, condenou esta segunda-feira à noite o atentado antiisraelense que deixou 20 feridos, um deles gravemente, em Netanyá, norte de Tel Aviv.

``Nunca aceitamos que civis israelenses ou palestinos sejam vítimas da violência', declaou o ministro palestino.

Abed Rabbo considerou, no entanto, que o atentado era ``a conseqüência da violência do exército israelense' contra os palestinos.

As testemunhas interrogadas pela rádio militar e a televisao israelenses falaram de três explosoes, o que nao foi confirmado pela polícia.

O atentado aconteceu na rua Herzl, no centro dessa cidade do litoral mediterrâneo, a poucos quilômetros ao norte de Tel Aviv.

Segundo as testemunhas, o carro explodiu a poucos metros de um ponto de ônibus provocando muito estrago, inclusive focos de incêndio em lojas próximas.

As saídas de Netanyá foram imediatamente bloqueadas pelas forças de segurança, enquanto os peritos da polícia vistoriavam o local da explosao.

O gabinete de segurança, que compreende os ministros que tratam diretamente das questoes de segurança, se reuniu na presença do chefe do estado-maior das forças armadas israelenses, general Shaul Mofaz, e do chefe dos serviços de segurança interior (Shin Beth), Avi Dichter.

Os feridos estao internados em hospitais da regiao de Tel Aviv.