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Barak apressa reativaçao do processo de paz
Do Diário do Grande ABC
07/07/1999 | 14:56
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No mesmo dia em que assumiu suas funçoes, o primeiro-ministro israelense Ehud Barak anunciou que terá reunioes de cúpula com o Egito, Jordânia e os palestinos, manifestando assim sua intençao de reativar o mais breve possível o processo de paz.

Barak terá sua primeira entrevista com o presidente egípcio Hosni Mubarak, com quem se reunirá sexta-feira de manha em Alexandria, no Norte do Egito, anunciou a Presidência do Conselho em Jerusalém. No domingo, se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, no Passo de Erez, entre Israel e a Faixa de Gaza autônoma. Na próxima semana, Barak se entrevistará com o rei Abdullah da Jordânia antes de viajar a Washington, para um encontro com o presidente Bill Clinton.

O processo de paz estava totalmente paralisado desde que o ex-primeiro-ministro israelense Banjamin Netanyahu suspendeu em dezembro de 1998 os acordos de Wye Plantation com os palestinos.

Nos últimos seis meses, Netanyahu intensificou a colonizaçao judia nos territórios palestinos, embora os acordos de Wye proibissem ``qualquer açao unilateral' que pudesse mudar o estatuto da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Incentivados pela queda de Netanyahu e pelo retorno ao poder dos trabalhistas, os palestinos reclamam principalmente a aplicaçao dos acordos de Wye e a suspensao da colonizaçao. Em virtude dos acordos de Wye, dos quais só foi aplicada a primeira fase, Israel deve entregar ao Governo palestino o controle de 11% suplementares do território ocupado, mas mantendo um controle de segurança.

Por outra parte, a zona sob controle exclusivo palestino deve passar de 10% para 17,1% do território e Israel deve libertar pelo menos 500 prisioneiros palestinos.

Segundo especialistas, Barak nao deverá ter dificuldades para que seus aliados na coalizao de governo aceitem os acordos, mas já será mais difícil suspender a colonizaçao.

Embora o programa de governo descarte somente a criaçao de novas colônias e estabeleça que nao se atentará contra as já existentes, segundo os especialistas, Barak pode desmantelar os vinte pontos de colonizaçao instalados nos últimos seis meses na Cisjordânia.

Em relaçao à Síria, espera-se um ``reinício rápido das entrevistas' suspensas desde fevereiro de 1996 e depois negociaçoes ``muito laboriosas' tendo em conta a distância das posiçoes das duas partes.




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