Recém-empossado, o presidente do PT de Diadema, Josemundo Dário Queiroz, o Josa, descartou a possibilidade de realização de prévia interna para escolha de uma única candidatura à Assembleia Legislativa. Até agora, são quatro os pré-candidatos petistas a deputado estadual. Porém, para se chegar ao consenso, o ex-secretário de Obras do governo José de Filippi Júnior (PT) dá a receita: um longo processo de convencimento.

Ou seja, os pré-candidatos abrirem mão da sonhada candidatura à cadeira na Assembleia por apenas um deles. Qual seria o critério de escolha do único representante? Josa responde: "Aquele que obtiver mais apoios externos, porque todos têm legitimidade e história dentro do partido".

E são eles: os vereadores Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (presidente da Câmara); José Antônio da Silva, o Zé Antônio, e Irene dos Santos, além do ex-vice-prefeito e atual superintendente da Fundação Florestan Fernandes, Joel Fonseca. Projeções apontam a necessidade entre 60 mil e 65 mil votos para eleger um deputado estadual do PT.

No caso da petista, a vereadora de terceiro mandato no Legislativo afirma estar fora desse "processo de convencimento" com a direção municipal. "Sou pré-candidata pela Articulação de Esquerda do PT. Isso foi uma discussão interna no ano passado, prevista no regimento do partido. Não foi uma decisão minha", explica. Na eleição de 2006 para deputado estadual, a vereadora apoiou o atual vereador Wagner Lino, de São Bernardo. Em Diadema, o candidato do PT foi Mário Reali, reeleito para segundo mandato, mas que não o completou para concorrer - e ganhar - à Prefeitura em 2008.

Irene à parte, a disputa se acirra entre os dois vereadores e o ex-chefe do Executivo. Maninho diz estar pronto para se apresentar como deputado estadual. "Chegou a minha vez. É a hora", afirma o petista de quarto mandato na Câmara e que, no fim de 2009, disse não ter pretensão de desistir da candidatura.

O mesmo pensamento de Zé Antonio, que garante estar trabalhando "duro" para buscar apoio à candidatura de primeira viagem. "Estou animado", diz, ao acrescentar que a definição tem de ser a mais rápida possível dentro do partido. "Espero que o consenso seja em torno da minha candidatura", confidencia.

Joel Fonseca não foi localizado para comentar sobre o assunto. O único nome de consenso entre os petistas, no entanto, é o do ex-prefeito Filippi para deputado federal.