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Brasilidade, segundo Rita Ribeiro
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
21/01/2010 | 07:00
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Divulgação


Era realmente um contrassenso Rita Ribeiro não ter ainda imortalizado em vídeo uma de suas performances ao vivo, sobretudo após o lançamento do álbum mais recente, em que a mistura de elementos religiosos a eletrônicos ficou cada vez mais evidente nos figurinos e cenários, de colorido impactante. Pois quatro anos depois, o trabalho finalmente ganha DVD. "Tecnomacumba - A Tempo e Ao Vivo" (Biscoito Fino, R$ 46 em média) já está disponível nas lojas. A apresentação, gravada no Vivo Rio em julho, também está disponível em CD, o quinto da carreira da maranhense.

A energia e formação cênica estão todas lá. "É um manifesto da brasilidade", resume ela, em entrevista contida nos extras da edição.

O show abre com Divino, composição da cantora e do conterrâneo Zeca Baleiro. Vestida com um casaco com estampa de jornal (que também compôs parte do cenário, assinado por Cássio Brasil) sobre vestido vermelho cheio de aplicações, Rita abre cantando e mostrando habilidade com a percussão ao tocar um tambor.

Para o show especial, a cantora contou com a participação de Maria Bethânia. "É uma alegria muito grande. Admiro, além da cantora, a inteligência (dela)", diz Bethânia. As duas fizeram dueto inspirado em Iansã, composição do irmão mais velho da cantora baiana e Gilberto Gil. Caetano Veloso também assina o texto de apresentação do projeto, além de Oração do Tempo, um dos raros momentos introspectivos da apresentação, marcada por forte presença de tambores e batidas eletrônicas.

Como a referência às entidades das religiões africanas é bastante presente, dançarinos representando os orixás Iansã, Oxum, Ogum e Xangô, entre outros, encantaram o público.

Os Cavaleiros de Aruanda, banda formada por Alexandre Katatau (baixo), Lúcio Vieira (bateria), Paulo He-Man (percussão), Pedro Milman (teclados) e Israel Dantas (guitarra), continuam acompanhando a cantora. A direção musical é de Rita e de Dantas.

O encerramento do show teve a presença de grupo de tambor de crioula, típico do Maranhão, com suas dançarinas de saias rodadas e estampadas.




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