O mercado de títulos de capitalização mostrou expansão entre janeiro a agosto. Foi registrado crescimento de 12% na receita, considerando entradas de novos contratos e mensalidades de títulos já vigentes, em relação ao mesmo período de 2008. O total de reservas no período, valor acumulado que está a disposição dos resgates, teve acréscimo de 11%, passando de R$ 12,8 bilhões em 2008 para R$ 14,2 bilhões neste ano.

A receita de agosto foi de R$ 889 milhões, alta de 6,2% em relação a julho (R$ 837 milhões). Os dados são da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), entidade que reúne 11 instituições que atuam no setor.

Para a presidente da comissão de produtos e coordenação da FenaCap, Rita Batista, um novo perfil de comprador de títulos está surgindo. "As pessoas observaram que outros investimentos não estavam dando tanto retorno e começaram a migrar para os títulos de capitalização atrás dos prêmios", disse ela.

Rita acredita que o cenário de saída da crise "pode estar influenciando no crescimento da receita" do setor. Segundo a representante da FenaCap, as novas normas que regulamentam o mercado de títulos da Susep (Superintendência de Seguros Privados), que entraram em vigor no dia 1º de abril, também "são responsáveis pela melhora do desempenho do setor".

Os títulos de capitalização são uma forma de poupança, porém sem a garantia de resgate do total investido. Isso porque o aporte é dividido em quotas. Normalmente, 50% do valor do título é destinado à poupança propriamente dita. Esse montante é corrigido pela TR (Taxa Referencial) mais juros. Quanto mais tempo o poupador mantiver o título, maior a chance de resgatar 100% do investimento. Os outros 50% ficam com a administração e com a premiação. O comprador pode adquirir títulos de capitalização por meio de pagamentos mensais ou em parcela única.