“É urgente garantir a proteção de cidadãos em relação a essas ameaças”, afirmou Bush em entrevista coletiva ao lado de Putin. O terrorista saudita Osama Bin Laden teria afirmado que sua organização, a Al Qaeda, poderia ter acesso a armas nucleares. Segundo ele, uma arma deste tipo pode ser comprada por US$ 10 milhões.
Ainda não está definida a quantidade de armas que será desativada pelos dois países, mas os presidentes garantem que um acordo “baseado na confiança” deve sair em breve. Também não ficou definido o futuro do tratado antimísseis ABM. Os presidentes reconheceram que ainda possuem algumas posições diferentes sobre o assunto, mas garantiram que o tratado continuará.
"Temos posições diferentes sobre o tratado ABM e continuaremos o diálogo e a discussão sobre este assunto, para poder desenvolver um novo contexto estratégico que nos permita enfrentar as ameaças reais do século XXI, enquanto sócios e amigos, não como inimigos", destacou Bush. “As questões bilaterais não foram decididas ainda, mas temos convicção de que haverá sucesso e que as duas nações vão lucrar com isso”, disse o russo.
Bush afirmou que a relação entre os dois países vem melhorando cada vez mais e que agora eles lutam juntos contra as ameaças do século XXI. “Os Estados Unidos estão desarmando suas armas nucleares segundo acordo formado com a Rússia”, informou Putin.
O presidente americano lembrou a época da guerra fria, quando os dois países eram rivais. “A longa relação que existe entre as nações progrediu muito, trazendo paz e progresso. A relação, que antes era de suspeita, se transformou em confiança”, afirmou Bush. Ele lembrou que as ações tomadas em conjunto por EUA e Rússia já trouxeram conquistas regionais, citando o sucesso no objetivo de diminuir a tensão no Oriente Médio. “Conquistamos mais liberdade nos últimos anos”, disse Putin.
Bush disse ainda que é importante que as nações fiquem mais próximas também economicamente. Para ele, é importante que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) abra espaço para a Rússia. Putin também defendeu a entrada de seu país na Otan e afirmou que procura mais força no G-8 (sete países mais industrializados do mundo e a Rússia). “É necessário que todos conheçam a Rússia como uma potência econômica”, afirmou o russo.
Durante a entrevista coletiva, Putin ainda prestou condolências aos Estados Unidos pelas vítimas do desastre com o avião da American Airlines nesta segunda. Para ele, os americanos enfrentam as constantes tragédias de forma muito corajosa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.