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Tomé deve faturar R$ 500 mi em 2008
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/07/2008 | 07:10
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Uma das maiores empresas brasileiras na prestação de serviços de engenharia para áreas de infra-estrutura, petróleo e mineração, a Tomé Engenharia e Transporte, de São Bernardo, deverá dar um salto no faturamento neste ano. De R$ 279 milhões de vendas registradas em 2007, a companhia projeta alcançar R$ 500 milhões em 2008, o que representará uma expansão de praticamente 80%.

Dois fatores ajudam a explicar o forte ritmo de expansão. Um deles é o mercado amplamente favorável, em função das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do aquecimento da demanda mundial por commodities (como minério e petróleo), que impulsionam os resultados nos segmentos que a companhia atende.

O outro fator, segundo o vice-presidente executivo da empresa, Carlos de Oliveira, é a versatilidade da companhia para oferecer uma gama de soluções, como equipamentos que vão de caminhões, carretas porta-contêineres, guindastes até serviços de mudança de fábricas e a montagem de unidades industriais.

Fundada em 1973, inicialmente como transportadora de cargas superpesadas (por exemplo, máquinas de grande porte para indústrias), a companhia foi aos poucos percebendo espaços complementares de mercado, que poderiam ser ocupados.

Do transporte passou a operar também no segmento de mudanças industriais: desmontagem de uma fábrica e montagem em novo local ou alterações de layout de máquinas e equipamentos. Anos depois, iniciou a locação de equipamentos portuários, para movimentação de contêineres.

A divisão de serviços de engenharia nasceu há apenas nove anos, mas ganhou ascensão rápida nos negócios da companhia. E representa atualmente 60% do faturamento total.

Oliveira cita que a gama ampla de produtos (a companhia tem frota com mais de 100 guindastes, alguns com até 600 toneladas, e mais de 300 equipamentos de transporte, entre cavalos mecânicos, carretas e linhas de eixos) e serviços é um diferencial. "Quando compra tudo de um mesma empresa de engenharia, o cliente reduz a interface e economiza no gerenciamento", afirma.

INVESTIMENTOS - Para acompanhar o ritmo de expansão dos segmentos que atende, a Tomé está investindo R$ 60 milhões em equipamentos neste ano. No ano passado, foram cerca de R$ 70 milhões. Oliveira afirma que já há planos para os próximos cinco anos, mas ele prefere não adiantar os números por motivos estratégicos, que se referem à preocupação com a concorrência.

"Mas não fazemos nenhuma aventura, seguimos a evolução do parque fabril brasileiro, já que somos prestadores de serviços para a indústria", afirma o vice-presidente da companhia, que mostra confiança com as perspectivas.

NOVA EMPRESA - Tomé diversificou a sua atuação no ano passado: iniciou atividade como operadora portuária. Para isso, associou-se à Termaco Logística para montar uma operadora portuária, a Tecem, no Porto de Pecém, no Ceará.

"Dimensionamos para a movimentação do porto. Se houver necessidade, podemos ampliar", disse Oliveira. A previsão é de um faturamento de R$ 25 milhões para a Tecem neste ano.




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