A Caixa Econômica Federal abriu nesta semana concorrências públicas para vender imóveis que estão em seu nome e também os registrados na Emgea (Empresa Gestora de Ativos). Os valores são menores do que a média do mercado: partem de R$ 8.000 até R$ 450 mil. Há pechinchas no lote porque são bens arrematados em razão de inadimplência.

No total são 437 imóveis localizados na Capital, Grande São Paulo e Litoral Sul, dos quais 76 estão no Grande ABC. A maioria fica em São Bernardo: 42. Há também 14 em Santo André, nove em Mauá, oito em Diadema e três em Ribeirão Pires.

Os imóveis são de propriedade da Caixa, que os arrematou porque os mutuários estão inadimplentes. A maioria ainda está ocupada, por isso há bens com valores inferiores aos praticados pelo mercado. E caberá ao novo proprietário negociar a saída do antigo. "Para comprar um imóvel é preciso que a pessoa (física ou jurídica) preencha o formulário, oferecendo um determinado valor pelo imóvel, tendo como base a avaliação feita pela Caixa, em qualquer agência do banco", explica a gerente Eunice Martins Araujo, da Gerência de Alienação de Bens Móveis e Imóveis.

Segundo os editais das concorrências públicas da Caixa, os imóveis serão comercializados no estado físico e de ocupação em que se encontram. A partir do momento em que é a aquisição do imóvel é fechada, o comprador precisa negociar a desocupação.

"Na maior parte dos casos a situação é resolvida por acordos, em até 30 dias. Caso isso não seja viável, é necessário que o comprador entre na Justiça e arque com as despesas de advogados, se for preciso", conta Eunice. O prazo para participar vai até 14 de agosto. O resultado será divulgado dia 21 de agosto, na sede do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), à Rua Pamplona, 1188.

O comprador tem a possibilidade de financiar a compra ou usar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para amortizá-la, desde que se enquadre nas regras dos editais ou que a Caixa aprove o crédito.