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Vexame do Brasil contrasta com festa e respeito alemão
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
11/08/2011 | 07:09
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Vexame. Nenhuma palavra resume melhor o que foi o futebol do Brasil ontem contra a seleção alemã, quando perdemos por 3 a 2. E na cidade do jogo, Stuttgart, desde antes da partida já havia festa, mas os alemães mostraram, com respeito ao adversário e, ao mesmo tempo, amor à camisa, como se faz para vencer no futebol.

Em evento pela manhã no município europeu, o famoso ex-jogador Franz Beckenbauer, ao ser questionado sobre quem era favorito, já mostrava isso. Disse que se tratava de um clássico e, por isso, era difícil prever quem iria vencer. Para ele, havia até uma motivação a mais para os jogadores brasileiros e para o técnico Mano Menezes: o mau desempenho na Copa América.

Se havia ou não favoritos, ontem a população estava disposta a comemorar. O dia colaborava. Estava bom, ensolarado e, apesar da brisa fria, convidativo para ir ao jogo. É bom lembrar que na Europa é verão. E famílias, com muitos jovens e crianças, foram prestigiar o escrete germânico na Mercedes-Benz Arena.

E a torcida local respeitou a seleção canarinho. Até se ouviram músicas brasileiras nos auto-falantes do estádio antes do jogo. Quando o cronômetro começou a correr, os torcedores aplaudiam boas jogadas de ambos os lados e não cantavam vitória antes do tempo, apesar da pressão alemã.

Enquanto ainda estava 0 a 0, até o fim do primeiro tempo, boa parte dos 55 mil presentes brandia bandeirinhas e fazia a ola. É verdade que não tinham muito com o que se preocupar. O jogo mal havia começado e já se desenhava um massacre, pois praticamente só eles atacavam e o Brasil parecia apático.

Durante o intervalo, muitos jovens foram comprar copos (de plástico) de cerveja - aqui não é proibido consumir a bebida alcoolica no estádio - e comer pão com salsichão frito (o hot dog deles) ou pedaços de pizza, e o ambiente era festivo.

No segundo tempo, o massacre começou a se materializar, com o pênalti cometido por Lúcio e convertido por Schweinsteiger. Robinho diminuiu em outra penalidade favoravel, porém, mais tarde saiu belo gol de Gotze. E no vacilo de André Santos, Schurlle fez o terceiro. Podia ter sido pior, mas nos acréscimos, Neymar diminiu.

 

ORGANIZAÇÃO

Uma curiosidade que pode servir de inspiração para o Brasil na Copa de 2014: quem comprava cerveja ou refrigerante pagava pequeno adicional (só como exemplo, a bebida custava 4 euros e quem comprava dava mais 2 euros) como depósito, que depois, se a pessoa devolvesse o copo, recebia o valor de volta. Incentivo para manter o local limpo e colaborar com o meio ambiente, e a reciclagem.




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