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Alckmin credencia parque tecnológico de Sto.André
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
01/04/2010 | 07:00
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O parque tecnológico de Santo André foi oficialmente credenciado ao Sistema Paulista de Parques Tecnológicos do governo do Estado. Ontem, o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin, assinou, juntamente ao prefeito do município, Aidan Ravin, documento que dá o pontapé inicial ao chamado centro de desenvolvimento tecnológico. A Prefeitura já está sondando a possibilidade de empresas como Microsoft, Intel e Petrobras se instalarem no local.

Os próximos passos, segundo Alckmin, são o delineamento de dois planos: um de ciência e tecnologia e outro de uma estratégia para atrair empresas ao espaço reservado a empreendimentos de base tecnológica.

Para solicitar recursos ao governo do Estado, é preciso primeiro apresentar o projeto, depois pleitear a verba. Para essa primeira fase, em que são desenvolvidos também as propostas de viabilidade técnica e planejamento urbanístico, até hoje foram liberados entre R$ 250 mil e R$ 400 mil para as onze iniciativas já consolidadas no Estado.

Quanto à prospecção de empresas para o parque, a Prefeitura está conversando com grandes corporações, como Microsoft, Intel e Petrobras para convidá-las a desenvolver unidade ou laboratório de pesquisa no local. Procuradas, as empresas não confirmaram se existe a negociação.

Por ora, estão confirmadas Pirelli, TIM e Prysmian para a área de 267 mil m² que permeia a Av. dos Estados. Dos 815 mil m² no Parque Andreense integrarão, por enquanto, a Braskem e 15 empresas integrantes da Atplas (Associação dos Transformadores de Plástico).

"Este é o primeiro passo de uma longa caminhada, mas um passo muito importante. Hoje existe uma disputa muito grande para onde vão os investimentos, principalmente os de valor agregado, que envolvem desenvolvimento tecnológico", disse Alckmin.

Sem contar, prosseguiu o secretário, que "quem se instalar no parque pode utilizar os créditos do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) para gerar recursos a serem investidos em pesquisa e inovação". O valor mínimo, para se ter uma ideia, são R$ 500 mil.

Para a segunda fase, em que é solicitada ajuda para construir os edifícios do centro tecnológico, o governo libera em torno de R$ 5 milhões, contou o coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação da secretaria, Pedro Bombonato, ressaltando que cada solicitação é analisada minuciosamente, "item a item de acordo com o preço de mercado". Ambas as etapas têm o prazo de hoje a dois anos para estarem concluídas.

"Um parque tecnológico é um dos instrumentos para proporcionar desenvolvimento tecnológico e social por gerar emprego e renda. Mas, para isso, é preciso trabalhar como as abelhas, sempre em equipe, de modo sistemático e com um design inteligente", analisou Bombonato.

O aporte do governo é apenas o ponto de partida para implementar a iniciativa. O restante dos investimentos cabe às empresas, com recursos próprios, e às universidades, por meio de editais de entidades que financiam tecnologia e inovação.

O prefeito Ravin lembrou do imbróglio existente com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, quando Santo André decidiu acelerar o processo desenvolvendo um parque próprio - há cerca de nove meses - e questionou a possibilidade da existência de dois parques em uma mesma localidade. "Alckmin falou: não tem problema, eu dou dois parques para a região."




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