A greve dos ferroviários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não teve adesão, segundo nota enviada pela empresa. A companhia informou que a operação comercial de ontem foi realizada com 100% da frota de trens e empregados para atender as seis linhas. O Sinfer (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias), entidade responsável pela organização da paralisação foi procurado pela reportagem, mas não retornou aos contatos.

Mesmo tendo sido decretada greve pelos sindicatos da categoria na sexta-feira, segundo a CPTM, ontem todos os maquinistas, supervisores de tração e agentes de estação compareceram ao trabalho, permitindo que os trens operassem com os intervalos normais para o sábado.

A Linha 9-Esmeralda funcionou sem problemas, mesmo com aumento da frota devido a alta demanda gerada pelo Grande Prêmio Brasil de F-1, mantendo assim a programação prevista para o dia.

Na sexta-feira, desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trablho) estipulou que mesmo com a greve, 60% dos trens deveriam funcionar ontem e 70% hoje, com multa de R$ 100 mil diários, em caso de descumprimento.

REIVINDICAÇÕES
Os cerca de 6.000 trabalhadores da CPTM, 1.00 deles com atuação na região, reivindicam reajuste salarial de 9,5%, vale-refeição no valor de R$ 17, compensação na PPR (Participação nos Resultados) pelas metas já atingidas desde 2008 e revisão no plano de cargos e salários.

A CPTM, por sua vez, oferece reposição do índice da inflação (4,5%) e novo mecanismo de remuneração variável. Inspirado no programa de bônus da administração direta, implantado em secretarias do governo de São Paulo, o sistema de remuneração variável é baseado em metas de desempenho dos empregados e outros critérios objetivos de avaliação da atividade.

Sem acordo entre as partes, na segunda-feira, haverá audiência de conciliação no TRT.