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Profissionais de TI decidem entrar em greve
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
26/03/2011 | 07:30
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Depois de três meses de negociação, os trabalhadores de TI (Tecnologia da Informação) decretam greve a partir de segunda-feira (28). Ontem, em reunião de conciliação, o sindicato patronal negou o parecer da procuradora regional do MPT (Ministério Público do Trabalho), Laura Martins Maia de Andrade.

A pedido do MPT, o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores da Tecnologia da Informação) havia suspendido a greve da categoria, no entanto, como não houve acordo, a paralisação seguirá.

A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil. O Grande ABC corresponde cerca de 15 mil trabalhadores.

"Não podemos aceitar qualquer coisa. Os empresários do setor estão irredutíveis e melhoraram a proposta inicial deles em apenas 1%. Precisamos buscar melhorias de trabalho", afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

Segundo ele, apenas as empresas que prestam serviços essenciais devem manter o número necessário de empregados em atividade, como hospitais e bancos. "A ideia não é prejudicar as pessoas comuns, queremos apenas reivindicar por condições melhores", enfatiza.

PROCESSO - Durante as reuniões de conciliação no MPT, foi proposto acordo envolvendo aumento salarial de 8,6% (aumento real de 2,13%), vale-refeição de R$ 12 em jornada de oito horas (com o acréscimo de R$ 6 nos casos de jornada superior a este período), obrigatoriedade de implantação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e inclusão dos pisos de analista e programador.

O sindicato patronal se manteve inflexível e ofereceu contraproposta de 7,5% de aumento, índice muito abaixo do meio termo sugerido.

Com data-base em 1º de janeiro, a negociação salarial dos trabalhadores de TI foi interrompida depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd. As reivindicações iniciais feitas pelos trabalhadores foram de 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de PLR, auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos.

No dia 13, em assembleia realizada pelo Sindpd, os profissionais da categoria já haviam decidido sobre a greve, caso nenhum acordo fosse firmado.

"De agora em diante vamos aguardar o posicionamento das empresas. Vale ressaltar que continuamos abertos e dispostos em negociar as cláusulas da campanha salarial deste ano", diz Neto.




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