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PT descarta Cida como vice de Reali
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/11/2011 | 07:21
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Internamente, o PT de Diadema definiu que a vereadora Cida Ferreira (PMDB) está fora na corrida pela vice do prefeito Mário Reali (PT) no projeto de reeleição para o ano que vem. Entre dirigentes petistas, Cida é considerada praticamente descartada do processo de definição da chapa governista para 2012.

Embora Reali afirme publicamente que a escolha de seu vice sairá de discussões entre a base aliada, a formação da legenda deverá receber o crivo do diretório do PT. E militantes da sigla sequer cogitam endossar o nome de Cida na corrida eleitoral.

A avaliação é que a peemedebista não agregaria na campanha a ponto de repetir o resultado eleitoral de 2008, quando Reali - ao lado de Gilson Menezes (PSB) - bateu o tucano José Augusto da Silva Ramos ainda no primeiro turno.

Quarta vereadora mais votada em 2008, com 4.604 sufrágios, Cida não repetiu a boa campanha na empreitada para tentar se tornar deputada estadual. Em 2010, a parlamentar recebeu 11.293 votos, sendo 7.913 adesões em Diadema - equivalente a 3,41% da cesta total de votos na cidade.

O baixo percentual quase gerou intervenção no diretório municipal, uma vez que o presidente estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, havia declarado que destituiria diretórios que não atingiram 5% de representação eleitoral. Contando votos de peemedebistas do Estado, Diadema depositou 10.789 sufrágios em candidatos do PMDB, equivalente a 4,65% dos eleitores da cidade.

Apesar de internamente descartar a indicação de Cida, o PT mantém a estratégia de pinçar o vice de Reali do bloco governista - pois, diferentemente de outras ocasiões, não conta com tanta força para investir em chapa pura. O PMDB não foi rejeitado na disputa, mas se enfraqueceu na corrida, já que Cida é o principal expoente da legenda.

O presidente do PT de Diadema, Josemundo Queiroz, o Josa, desconversou sobre o tema e negou que haja afunilamento no processo de escolha do vice. "Não houve nem bate-papo informal sobre essa questão. Deixaremos isso para o ano que vem", disse o dirigente. "Não falamos nem sobre ela e nem sobre os outros cotados", assegurou.

A postura comedida do mandatário petista coincide com o projeto do PT de não antecipar o nome do vice. O receio é com que, dependendo da escolha, haja cisão do bloco aliado e migração para as candidaturas de Zé Augusto ou de Lauro Michels (PV).


No PR, suplente frustra plano do PMDB para ajudar filiado

No que depender do suplente de vereador Luiz Paulo Salgado (PR), o PMDB de Diadema não conseguirá efetuar seu plano de afastar temporariamente a vereadora Cida Ferreira (PMDB) e dar chance ao terceiro suplente da sigla, José Ferreira Céu, o Zezão (PMDB).

Salgado recebeu 1.970 votos pelo PMDB em 2008, mas migrou para o PR em outubro deste ano. "Tenho direito adquirido de, caso haja essa saída temporária da Cida, assumir a cadeira na Câmara, mesmo tendo saído do PMDB."

A direção do PMDB entende que, como Salgado deixou o partido, não poderá assumir devido à Lei de Fidelidade Partidária. Assim, conseguiria afastar Cida por 30 dias para a vereadora realizar exames de saúde e daria chance a Zezão - que angariou 1.183 sufrágios em 2008 - de impulsionar sua candidatura a vereador em 2012.

O corpo jurídico da Câmara informou que se Cida se ausentar temporariamente da Casa, dará posse a Salgado. O imbróglio é semelhante ao do vereador João Pedro Merenda (PPS), que saiu do PV alegando perseguição partidária, mas que herdou a cadeira de Regina Gonçalves (PV), alçada à Assembleia Legislativa.




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