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Maranhão relembra desgaste, mas alega tirar leite de pedra

Tucano de Rio Grande é o primeiro prefeito da região
a fazer convenção, que formalizou apoio de 16 siglas

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/07/2016 | 07:42
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Anderson Silva/DGABC


Primeiro da lista de chefes de Executivo do Grande ABC a promover convenção partidária, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), relembrou ontem desgaste político sofrido no processo eleitoral de 2014 e alegou que, após esse período, tem “tirado leite de pedra” para manter em andamento grandes obras, apesar do momento de crise econômica acentuada no País. “Só eu sei o quanto paguei por aquela fala (de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, PT, hoje afastada do cargo). Tive todo um desgaste, em ocasião delicada. Mas posso afirmar hoje que as intervenções estão acontecendo na cidade, diferentemente da maioria por conta dessa instabilidade (financeira).”

Maranhão formalizou, durante o encontro, realizado no Biosfera, o apoio de 16 partidos à sua empreitada de reeleição – são 104 pré-candidatos a vereador na coligação – e a repetição da chapa majoritária com sua vice Marilza de Oliveira, atualmente no PSD. No páreo de 2012, 18 legendas entraram no arco de alianças do tucano. “A coligação é a maior de Rio Grande não só em números, como também em qualidade. As principais lideranças políticas confirmaram adesão, estão do nosso lado e, com isso, faremos a maioria na Câmara”, frisou. O PTB deixou a órbita governista depois de ser preterido por Marilza e o PMDB saiu para lançar plano solo, com o vereador Edvaldo Guerra.

Ao lado do ex-prefeito e padrinho político Adler Kiko Teixeira (PSB), Maranhão falou que a partir do início da campanha – no dia 16 – fará questão de provocar a comparação de seu governo com às administrações ligadas ao prefeiturável Claudinho da Geladeira (PT), principal rival no pleito. Rio Grande foi chefiada pelo petista Ramon Velasquez entre 2000 e 2004. “Vamos fazer o comparativo com a história do grupo dos adversários com a somatória do nosso trabalho. Entregaremos, por exemplo, em 1º de agosto a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas), temos em curso a maior obra de Mobilidade Urbana da cidade, a conclusão do complexo educacional Zulmira Jardim Teixeira, projetos na área de esportes, parque linear”, elencou.

Engenheiro de formação, o tucano mencionou que, em um mês, finalizará a primeira fase do projeto local de infraestrutura, com a inauguração da pavimentação da Avenida Guilherme Pinto Monteiro até a divisa com Ribeirão Pires. Segundo Maranhão, a obra está, neste momento, com 20% de execução. “(Esse índice) é fruto do problema econômico. Estamos tirando leite de pedra para deixar tudo em andamento.” No total, a intervenção contabilizará R$ 44 milhões, com aporte do governo federal.

O grupo de Maranhão governa a cidade desde 2005, justamente quando Kiko, que integra família tradicional, assumiu a Prefeitura. Ao fim do mandato serão 12 anos no poder. O tucano foi secretário de Obras nos oito anos de Kiko (2005-2012). O candidato governista ratificou que “sempre que puder” vai atrelar sua imagem a do antecessor. “É honra tê-lo no meu palanque, pessoa com quem aprendi muito de administração pública. Ele veio da missa de um ano da morte da mãe, dona Zulmira Jardim Teixeira, e prestigiou meu evento. Tenho certeza que, se ela estivesse viva, estaria na primeira fila. É amizade desde os 16 anos, transcende a política.”

O prefeiturável tucano citou que toda a classe política encontrará dificuldade na concorrência em função do descrédito da população. “São muitos escândalos que estão aparecendo. Nós buscaremos mostrar a nossa atuação, com corpo a corpo, uma prestação de contas.” 




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