Segundo o censo, 76% dos homens e 75% das mulheres têm idade entre 18 e 34 anos. Outros índices mostram que 6% dos homens e 7% das mulheres são analfabetos ou não freqüentaram escola, e que 75% da população carcerária do sexo masculino e 65% do feminino não têm o ensino fundamental completo. Segundo o IBGE, 6% dos paulistas são analfabetos e 45% não têm o ensino fundamental completo.
O estuda indica ainda que a maioria dos homens presos são casados (56%) e apenas 27% das mulheres contraíram matrimônio; 38% da população do sexo masculino é solteira e 54% da feminina não se casou. A pesquisa mostrou ainda que 82% das presidiárias têm filhos. Desse montante, 40% estão com os avós maternos e 1% na Febem.
A entidade realizou 60 mil entrevistas, em um universo de 108 presídios e 82 mil presos efetivamente condenados. A população carcerária total do Estado é de 110 mil presos.
Outra parte do estudo da Funap foi uma pesquisa qualitativa feita com 1,2 mil presidiários, escolhidos aleatoriamente. Dados explicitam que 94% dos presos têm interesse em se reabilitar e 68% se sentem preparados e acreditam na possibilidade de voltar a trabalhar.
Para a diretora da Fundação de Amparo ao Preso (Funap), Berenice Giannella, os dados mostram a necessidade de mudar as políticas de ressocialização dos presos, afirmou em entrevista à Rádio CBN.
Segundo a pesquisa, 81% dos presos demonstram valorizar e desejar voltar a conviver com suas famílias. No entanto, 13% desse total têm vínculos familiares frágeis, o que dificulta a ressocialização.
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