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Hora da revisão

Caminhões precisam de manutenção preventiva, que são até 30% mais baratas que correções

Vagner Aquino
22/07/2016 | 07:41
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Fernandes/DGABC


Paradas inesperadas podem ocasionar atrasos nas entregas, quebra de contratos, perda de carga, e por aí vai. E para que isso não aconteça de maneira involuntária (e indesejável), fique de olho na manutenção preventiva do seu caminhão. 

Necessário a cada 15 mil quilômetros, em média, o procedimento é cerca de três vezes mais barato que o reparo corretivo e deve abranger checagem da direção, caixa de câmbio, eixo traseiro, motor, rolamentos e até troca de palhetas do para-brisa.

Mas um item que, constantemente, precisa de atenção é o sistema de freios. A fim de evitar falhas (que podem ser fatais) é necessário realizar verificação constante. “A periodicidade da manutenção varia de acordo com o modelo do caminhão, o tipo e quantidade de carga transportada, e o relevo da região em que o veículo mais trafega”, aponta Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil, empresa do Grupo Mapfre.

E, sempre, deve-se levar em conta a complexidade (e importância) do conjunto. Por isso, fique de olho à todas as peças, como discos, tambor, lona e pastilhas – estas, devem ser checadas a cada 15 dias em caminhões que operam em descida de serra e possuem catraca mecânica. Quando automático, o sistema se regula sozinho.

“Em final de trecho de serra, é comum ver aquelas colunas de fumaça. Sinal de que a pastilha vitrificou e não tem mais capacidade de frenagem. A temperatura elevada também pode resultar em trincas térmicas no disco, que (sem condição de conserto) precisa ser substituído”, salienta Gilson Barbosa, gerente de serviços da Divena Caminhões.

HÁBITOS
Conforme supracitado, a durabilidade dos freios está diretamente ligada aos percursos e às cargas transportadas. Mas há formas de aumentar sua vida útil em até 50%, melhorando hábitos ao volante. O ideal é fazer uso da direção defensiva. “Preveja a próxima operação, utilizando sempre o maneco (freio da carreta) antes do freio do cavalo e a redução da marcha no momento correto”, alerta Barbosa.

A recomendação de especialistas é que não se deve frear bruscamente e jamais trafegar com marcha desengatada. Sem contar que a demora no acionamento do freio da carreta é o que faz o caminhão virar em ‘L’ em declives. “O tempo de frenagem aumenta e, como o cavalo já freou, a carreta empurra todo resto”, comenta Barbosa.

Além da utilização da mesma marcha da subida em trechos de declive, em descidas, o uso freio motor é essencial. Com tal atitude, há redução de velocidade do veículo com mais segurança, melhor dirigibilidade e estabilidade, menor consumo de combustível e economia dos freios, o que impacta em diminuição do custo operacional.

No caso dos caminhões Mercedes-Benz, há o TopBrake, sistema exclusivo da montadora que multiplica por quatro a ação do freio motor. Ao proporcionar maior frenagem, a tecnologia possibilita que o motorista tenha mais segurança em trechos de declive e possa utilizar marchas mais longas, aumentar a velocidade média e utilizar menos o freio de serviço – e isso não não causa desgaste extra ao motor. “Se souber utilizá-lo corretamente, a vida útil da lona (de freio) é triplicada”, completa Barbosa.

(colaborou Vinícius Claro)




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