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Transporte de veículos

Conhecido como cegonha, implemento pode ser instalado em diversos modelos de caminhões

Vinícius Claro
Especial para o Diário
22/07/2016 | 07:33
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Nário Barbosa/DGABC


A produção de automóveis no primeiro semestre foi a pior em 12 anos e as vendas registraram o menor índice da última década. Desta forma, os transportadores de veículos, vulgo cegonheiros, também sofrem impacto.

O reflexo é tão negativo que o proprietário da fabricante de implementos rodoviários CDL Comércio (em São Bernardo), José Luiz Lopes, afirma não produzir sequer uma combinação para transporte de veículos (denominação oficial para cegonha) desde 2015.

Ele conta que, na região, haviam três empresas do ramo. Hoje, só a CDL Comércio que, para não baixar as portas, realiza pequenos reparos em carretas, como soldas, parte elétrica e sistema hidráulico. Lá também há fabricação de pequenas gaiolas (para quatro ou cinco carros), geralmente utilizadas por locadoras de veículos.

CUSTOS
Se você quer atuar neste mercado de forma independente, saiba que as montadoras só trabalham com caminhoneiros filiados a transportadoras. Se a ideia é transformar o seu caminhão em cegonha, restarão apenas os serviços de empresas de menor porte.

Sem contar que, para isso, o custo é elevado. Gira em torno de R$ 110 mil para os implementos convencionais, chegando a R$ 140 mil quando acrescentados itens opcionais. A produção da carreta leva entre dez e 30 dias, dependendo da demanda.

CARACTERÍSTICAS
E vale ressaltar que, atualmente, o trabalho do motorista de caminhões cegonha – que, pela regulamentação, leva até 11 carros, ou oito picapes médias – está mais fácil, pois o sistema de movimentação é completamente hidráulico. Antes, por exemplo, a armação do remonte (plataforma intermediária, que permite carregar um carro entre os demais) era mecânica – por meio de alavanca.

REIVINDICAÇÕES
Por outro lado, algumas normas dificultam a vida dos cegonheiros. Para Lopes, seria importante rever alguns pontos da legislação, como limites de peso e de comprimento do conjunto. Hoje, são 22,4 metros, mas segundo ele, o ideal seriam 23 metros, afinal, “o acréscimo de 60 centímetros não vai prejudicar, em nada, o trânsito.”

DESTAQUE
Entre as montadoras que oferecem caminhões para esse tipo de implemento, a Scania se destaca com dois modelos, ambos com dois tipos de configuração. O L440 e o P360 têm entre-eixo de 3,10 metros – o tamanho reduzido facilita a fabricação da carreta.

Ambos vêm na opção 6x2/4, pois a fabricante entende que a tração 4x2 não atende à demanda do cliente e a 6x2 fica acima do necessário. Aqui, os pneus do segundo eixo são direcionais e integrados aos dianteiros, facilitando curvas. Além disso, usa dois pneus a menos, gerando economia. 




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