Política Titulo Santo André
Governo Grana adia em dois anos reforma do Paço

Conclusão da obra é esticada para abril de 2018 e entidade contesta ação; intervenções estão em 30% do andamento

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/07/2016 | 07:11
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A administração do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), prorrogou por mais dois anos a reforma estrutural do prédio do Executivo, tendo em vista mudanças no cronograma provocadas, principalmente, por falta de pagamento do contrato. Na sexta-feira, funcionários apontaram que houve desplacamento de concreto do teto do 15º andar, onde fica a Secretaria de Assuntos Jurídicos e a Procuradoria-geral. A adequação no edifício é baseada em acordo firmado com o Ministério Público, que identificou justamente série de problemas de segurança no local.

As obras tiveram início em maio de 2015, com estimativa oficial de entrega no limite de 11 meses. Por outro lado, com a protelação do acordo, segundo o governo petista, “a conclusão das intervenções está prevista para abril de 2018”. O termo aditivo foi assinado com o Consórcio Preserva EPP, empresa vencedora da licitação. O valor do termo é de R$ 15,65 milhões. A Prefeitura alegou que a obra tem 30% dos serviços contratados realizados. Descartou que o andamento da reforma esteja paralisado.

O referido andar do Paço, o que registrou a queda de concreto, é o mesmo que juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública tinha determinado a desocupação por impasse em relação a segurança dos servidores – o local chegou a sofrer dois abalos em 2012 e queda de concreto no ano seguinte. A APMSA (Associação dos Procuradores do Município de Santo André) irá questionar, judicialmente, se os adiamentos consideram as condições de segurança indicadas pelo laudo, e não apenas as questões financeiras. “Foram fixados prazos para a conclusão da obra levando-se em conta os riscos da deterioração com o decurso do tempo. Os prazos do laudo técnico já se expiraram”, pontuou a entidade, por nota, nas redes sociais.

“Tanto o termo quanto o cronograma das obras foram devidamente apresentados ao Poder Judiciário, na ação civil pública”, rebateu o governo. Entre as obras no prédio estão previstas alterações como a impermeabilização do 15º andar. Houve retirada da sobrecarga de arquivos no pavimento devido ao problema ocorrido há três anos. O incidente aconteceu quatro meses depois de servidores relatarem os tremores no imóvel, construído na década de 1960.

A gestão petista afirmou que a informação de que existiu “desplacamento de concreto do 15º andar não procede”. “Houve a queda de pedaço de madeira (20 x 25 centímetros) da construção original, sobre as placas de forro de alumínio, sem nenhuma implicação além da formação de poeira”, justificou. A Prefeitura reforçou que, toda a vez que se realizam a recuperação estrutural nos andares, é realizada a retirada de todos os resquícios originais das estruturas no prédio, utilizadas originalmente na realização da concretagem das colunas.  




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