Cultura & Lazer Titulo Tradição
Festival de inverno garantido

Paranapiacaba se prepara para 16ª edição,
que quase não aconteceu por 'dificuldades'

Marcela Munhoz
17/07/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 A expressão a união faz a força é uma verdade incontestável. A assertiva se encaixa perfeitamente quando a questão em jogo é a arte. Prova disso será oferecida a quem reservar espaço na agenda para visitar Paranapiacaba entre os dias 30 e 31 de julho, e 6 e 7 de agosto. A 16ª edição do Festival de Inverno da cidade só vai ser realizada por mérito de ‘força tarefa’. “Ficamos apreensivos e demorou um pouco para sair a programação por causa de dificuldades orçamentárias. Não vai ter um centavo do orçamento, apenas de patrocinadores. A falta de recursos fez com que houvesse maior mobilização. É algo do coração, aqui a cultura pulsa forte”, explica o secretário de Cultura do município, Tiago Nogueira (PT), que emenda: “É o menor orçamento dos últimos anos, mas será o melhor festival.” O secretário não quis divulgar valores.

De acordo com Nogueira, as arestas sobre a realização do evento foram acertadas e todos os “detalhes arredondados”. Como no ano passado, Paranapiacaba continua a passar por restauros e obras feitas com financiamento do Governo Federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, num total de mais de R$ 41 milhões. “Alguns espaços não serão utilizados, como a área próxima à Garagem das Locomotivas e o Galpão das Oficinas”, pontua o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba, Ricardo Di Giorgio. Outros serão entregues, como o Bar da Zilda. “Não adianta colocar show muito grande porque não comporta”, completa Nogueira.

A PROGRAMAÇÃO
Mais uma vez grande parte dos méritos para a realização do festival vai para os artistas da região. “Claro que o cachê é superimportante, mas muitos aceitaram tocar de graça pela importância do festival. O evento já virou marca e seria prejuízo enorme ele não acontecer”, ressalta o secretário. Nomes como Flávio Bala, Violeiras EmiaCidade, Claudio Baeta, Juliana Lima, Fernando Lauria, Márcia Cherubin, Adolar Marin, Gó do Trombone e Edvaldo Santana fazem parte do line up. A Orquestra Sinfônica de Santo André e a Banda Lira são convidados especiais.

“O festival tem tradição, respeito. Estamos felizes de tocar. Mesmo na crise, o artista tem a missão de levar lazer para as pessoas. Somos a muleta da sociedade”, acredita Gustavo Rosseb, do trio Capela, que vai apresentar o novo CD Gigante dia 6, às 19h. “Acompanho o festival há anos e sempre tive vontade de participar. Vai ser divino”, espera Fábio Kidesh. O artista de música indiana vai se apresentar dia 31, às 13h. Além de música, Paranapiacaba vai respirar dança, contação de histórias, literatura e cinema, com a mostra Win Wenders. “A programação conta com graffiti, hip hop, fanzinada, exposição. Terá até trilha para quem se inscrever na internet. Vai ser sucesso”, finaliza Nogueira.




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