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Tamanho PP

Dirigimos a versão Way do Fiat Mobi que, apesar da suspensão pouco modificada, permanece com as qualidades do modelo básico

Vagner Aquino
15/07/2016 | 07:06
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Vagner Aquino/DGABC


Na primeira quinzena de abril ele chegou ao mercado brasileiro, mas só em junho foi apresentado na versão Way, aquela que não muda estrutura nem mecanicamente (somente elevação da suspensão), mas torna a carroceria mais robusta com o (as vezes exagerado) uso de apêndices plásticos. Para começo de conversa, o preço da configuração aqui destrinchada é de R$ 39,3 mil.

Sim, o valor faz muita gente torcer o nariz para o Mobi. Mas tantos outros torcem mesmo é o pescoço, no intuito de admirar as linhas modernas deste compacto (de 3,60 metros de comprimento), que aproveitou componentes do Uno, e ainda assim conseguiu ganhar identidade visual própria.

Claro, sempre há quem o compare com o Volkswagen up!, entretanto, apesar de também se tratar de um modelo com tamanho PP, há pontuais diferenças em relação ao Fiat. Forte exemplo – visualmente falando – é a adoção da tampa traseira em vidro. Solução que a VW poderia ter aproveitado no Brasil – já que comercializa o modelo com tal característica no mercado europeu – mas preferiu deixar de lado. E o Mobi tem. O que, diga-se, deixa o visual bem mais interessante.

Outro ponto que o Fiat difere do rival é a motorização. Enquanto o up! utiliza o moderno 1.0 tricilíndrico, o exemplar da montadora italiana pegou emprestado o 1.0 Flex do Uno, com quatro canecos. Logo, não espere gás extra – gera até 75 cv e 9,9 mkgf de torque a 3.850 rpm (dados com etanol no tanque). Porém, em relação a economia, nada de decepções. Pelo contrário. Abastecido com gasolina, o consumo combinado (durante nossa avaliação) foi de 11,6 km/l, conforme os dados do computador de bordo.

Falando em conteúdo, pelo montante pedido, a configuração que foi cedida para teste do Diário vem com: direção hidráulica, volante com regulagem de altura e comando elétrico para travas das portas e vidros (dianteiros). Por R$ 2.100 extras, o cliente leva o Kit Tech 1, que engloba alarme antifurto e central multimídia, além de entradas USB e auxiliar, bluetooth e volante multifuncional.

Em relação a acabamento, nada a reclamar. Os plásticos não são sensíveis ao toque, mas é tudo muito bem trabalhado. Ponto para a Fiat! E, em relação ao espaço, apesar de bastante compacto quando se vê de fora, o Mobi leva com certo conforto quatro ocupantes de estatura mediana e peso dentro da medida.

Na hora de assumir o volante, quem já dirigiu o Uno vai se sentir em casa. O comportamento da suspensão é semelhante (pende para o lado da firmeza) e as trocas de marcha (câmbio manual de cinco relações) não são tão precisas. O lado bom é a ótima ergonomia e a perfeita posição de dirigir.

E, respondendo a pergunta do público, vale a pena, sim, levar o Mobi em conta quando há interesse em comprar um modelo compacto e moderno.




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