Ainda assim, ele se disse otimista em relação ao futuro das conversas. Godinho lembrou que os dois lados trocaram ofertas sobre bens, serviços e compras governamentais, depois de anos de impasse que paralisaram as negociações. "Essa é uma agenda prioritária para nós e para os europeus", afirmou.
O secretário disse que o cancelamento da reunião de presidentes do Mercosul, que estava marcada para o próximo mês, não afetará as negociações comerciais em que o bloco está envolvido, entre as quais com o Canadá e Índia.
Godinho disse que a taxa de câmbio é "pré-condição" para as exportações, mas deve ser acompanhada de políticas que sustentem esse movimento no longo prazo, entre os quais as negociações de livre-comércio, a facilitação de comércio e incentivo à cultura exportadora. "O comércio exterior tem de ser colocado no centro da agenda econômica brasileira."
Segundo ele, o Mercosul não impede que o Brasil negocie acordos que não envolvam mudanças na Tarifa Externa Comum, como tratados de investimentos, compra governamentais e serviços. "Existe amplo espaço para acordos que tragam outros benefícios além dos tarifários" observou.
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