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Trabalhadores prometem parar GM se não houver proposta
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
16/09/2009 | 07:00
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A manhã pode ser o marco do início da greve, por tempo indeterminado, dos trabalhadores da GM (General Motors ) da região. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, afirmou que, caso a montadora não apresente contraproposta de reajuste salarial até hoje, os cerca de 10.500 funcionários iniciarão movimento amanhã.

O reajuste de 6,53% proposto pelo Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), composto por 4,4% de reposição da inflação do período e 2% de reajuste real mais abono, não agradou os metalúrgicos de São Caetano, que entregaram comunicado à GM solicitando negociação direta.

"Em assembleia realizada na segunda-feira, decidimos que a greve é a única opção caso não haja revisão no acordo. Os trabalhadores consideram o índice baixo. A expectativa era de algo entre 7% e 8%", afirmou o sindicalista. Outro ponto considerado ruim foi o abono proposto de R$ 1.500.

Procurada pelo Diário, a GM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

AUTOPEÇAS - Outro setor que enfrenta problemas nas negociações salariais é o de autopeças. Em reunião realizada ontem, mais uma vez o Sindipeças (Sindicato dos Fabricantes de Autopeças) e o sindicatos dos trabalhadores não chegaram a um consenso. A proposta patronal foi de aumento real de 0,8%, mais 4,4% referentes à reposição da inflação.

"Esse índice não contempla a categoria. Esperamos que o grupo nos apresente proposta concreta e melhore o reajuste. Nossos sindicatos - 13 no Estado de São Paulo - já iniciaram protestos e paralisações que reuniram milhares de trabalhadores. Orientamos nossas bases a intensificar os atos em todo o Estado", disse Valmir Marques, o Biro Biro, presidente da FEM-CUT (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos).

Ontem, cerca de 2.000 metalúrgicos de 11 autopeças da região paralisaram atividades. Em São Bernardo, os trabalhadores na Proema, Mark Grundfos, Fibam, Filtrágua e Partner cruzaram os braços pela manhã. Os metalúrgicos da Dura, em Rio Grande da Serra, também não trabalharam no primeiro turno. Já em Diadema, os funcionários da Incodiesel decidiram não trabalhar o dia todo e os metalúrgicos da Resil, Terbraz e Isringnhausen pararam entre 6h e 10h.




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