Os médicos do governador haviam dito que Covas já estava recuperado para reassumir o cargo, mas queriam evitar que ele se expusesse aos atropelos da solenidade de posse na Assembléia, recomendando que ele adiasse um pouco o evento. Covas, no entanto, numa decisao pessoal, resolveu assumir o segundo mandato no domingo, dia 10, para evitar qualquer polêmica jurídica em torno da posse. É que a Constituiçao do estado prevê que o governador deve assumir até o dia 10 de janeiro, ``salvo motivo de saúde ou de força maior'. Caso isso nao ocorresse, seria, entao, declarado o cargo vago.
Para evitar que a oposiçao venha a dizer que Covas já havia tido alta médica no último dia 28 de dezembro e, por estar em casa no Palácio dos Bandeirantes, estaria em condiçoes de assumir o cargo até o dia 10, Covas preferiu nao arriscar e resolveu tomar posse no domingo mesmo.
Tecnicamente, contudo, Covas poderia até deixar para depois, já que afinal teve alta hospitalar, mas nao médica. A partir do dia 15, ele deve se submeter a sessoes de quimioterapia, para eliminar, de forma preventiva, qualquer risco do câncer surgir em outra parte do organismo, além da bexiga, retirada em cirurgia realizada no dia 14. Mas resolveu nao arriscar deixar lacunas jurídicas para seus adversários.
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