Físicos do CNRS e da Comissao de Energia Atómica (CEA) conseguiram, de fato, construir novas estruturas de carbono similares à do diamante. Seus trabalhos, publicados pela revista norte-americana Physical Review Letters, já foram alvo de um registro de patente comum CNRS-CEA.
Os pesquisadores dos dois órgaos estatais de pesquisa e da Universidade Paris-Sul de Orsay obtiveram primeira linhas isoladas dessas novas estruturas, e depois uma camada completa, desembocando numa superfície ``de propriedades ideais para fazer crescer monocristais de diamante'.
Com o tempo, segundo os cientistas, ``esta descoberta poderá permitir à indústria a fabricaçao de cristais de grande porte (alguns centímetros), tao esperados na alta tecnologia'.
O diamante nao é apenas uma pedra preciosa de grande valor na joalheria, mas também um material de propriedades eletrônicas e termodinâmicas excepcionais que poderia servir de base para a concepçao de microprocessadores e outros dispositivos mil a dez mil vezes mais eficazes que os fabricados a partir do silício.
O método de fabricaçao das linhas de átomos de carbono se fundamenta nas propriedades do carboneto de silício, cujo interesse se limita à fabricaçao potencial do diamante e abre o caminho para o estudo de uma grande variedade de estruturas de carbono com características termodinâmicas e eletrônicas inéditas.
Os pesquisadores do CNRS e do CEA demonstraram que as linhas de átomos de carbono têm uma estabilidade térmica sem precedentes de até 1200 graus centígrados, quando a da maioria das outras estruturas nao ultrapassa os 200 graus.
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