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SP: governistas preparam-se para derrubar 15 CPIs
Do Diário do Grande ABC
23/05/1999 | 21:08
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Depois de evitar o início do processo de impeachment contra o prefeito Celso Pitta (sem partido) e impedir a prorrogaçao da Comissao Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fiscais, os vereadores governistas de Sao Paulo pretendem acabar com outras ameaças ao governo e fixar as bases da parceria política com o Executivo de olho eleiçao de 2000.

Os alvos sao pelo menos 15 dos 16 pedidos de CPI apresentados nos últimos dois anos e meio. O entendimento do bloco governista formado nas últimas semanas, é que se uma das comissoes for aprovada poderá começar uma nova crise política. "É evidente que uma CPI sobre o sistema de limpeza pública, que já está sendo investigado pelo Ministério Público, interessa diretamente à oposiçao", concorda o vereador Miguel Colasuonno (PPB). Ele diz que a tendência é "limpar" a pauta de temas que, eleitoralmente, interessam apenas ao PT.

A única comissao que pode ser aprovada é a que prevê investigar a fiscalizaçao de postos de gasolina. Isso serviria de argumento para demonstrar que a Câmara está disposta a apurar irregularidades. O bloco suprapartidário, que lembra o "centrao" criado no Congresso entre 1987 e 1988, deve reunir-se com Pitta para definir um programa conjunto para os próximos 18 meses de governo. A intençao é adaptar as reivindicaçoes dos parlamentares e os programas de governo ao Orçamento.

Os vereadores também querem definir claramente a participaçao que terao nos programas do Executivo. Um exemplo é a criaçao de 10 mil vagas na frente de trabalho. Eles temem que o lucro político fique com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Requalificaçao Profissional, Fernando Salgado. Os vereadores pretendem evitar surpresas na eleiçao.

Diante da maioria numérica do bloco governista, a oposiçao conta, além da pressao popular, com a possibilidade de que a uniao tenha ocorrido por causa da sobrevivência imediata dos governistas. "Nao acredito numa pauta comum e acho difícil essa unidade ser mantida", afirma a líder da bancada do PT, Aldaíza Sposati.




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