Política Titulo Vereadores
Entidades fazem manifesto contra aumento salarial de vereadores

Nove instituições de Sto.André assinam repúdio que pressiona a queda de projeto na Câmara

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/06/2016 | 07:15
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Celso Luiz/DGABC


Nove entidades de classe de Santo André manifestaram oficialmente posição contrária a eventual reajuste salarial dos vereadores, que têm até o fim de setembro para decidir se votam ou não proposta de aumento dos próprios vencimentos – majoração pode ser de até 26,3%. As instituições, entre elas a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Ciesp e Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo), encaminharam documento ao presidente da Câmara, bispo Ronaldo de Castro (PRB), e aos demais parlamentares repudiando possível medida ao justificar o momento de crise econômica no País e no município.

O teor da carta tem como alvo demonstrar a indignação de entidades representativas da cidade a respeito do caso. Isso porque os vereadores possuem prazo limite antes da data da eleição para apreciar a matéria em plenário, baseando a elevação do percentual de 75% das remunerações dos deputados estaduais. O texto é assinado também pelo Regran (Sindicato do Comércio Varejista e Derivado do Petróleo do ABC), Sincor (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Grande ABC), AEA (Associação dos Engenheiros e Arquitetos do ABC), Sipan Aipan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André) e Setrans (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do ABC).

Em caso de o acréscimo chegar ao teto – os parlamentares ainda não adotaram posicionamento –, o subsídio dos vereadores subiria dos R$ 15.031 atuais para R$ 18.991, o que geraria impacto adicional de R$ 997,9 mil em 12 meses, sendo R$ 3,9 milhões no mandato de quatro anos. Ronaldo de Castro já adiantou que, após conversa com técnicos do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o item necessita ser publicado com 48 horas de antecedência ao pleito, que neste ano ocorrerá dia 2 de outubro. Sobre o clima para votação, ele considerou que “tudo depende do cenário” financeiro.

Diretor da Acisa, Evandro Banzato afirmou que o documento serve para expressar o “extremo descontentamento” diante da situação. Para ele, a carta mostra que o movimento se dá “de maneira coletiva”. “Não é posição isolada. Há grito da sociedade por gestão mais enxuta. É preciso que os gastos públicos, ainda mais neste período de empresas encerrando atividades, sejam com responsabilidade”, pontuou. O dirigente do Ciesp, Emanuel Teixeira, alegou que falta sensibilidade por se tratar do caso em conjuntura de recessão e alta taxa de desemprego. “Vejo como absurdo. Se tiverem mínimo de bom- senso, eles arquivam e esquecem esse aumento.” 




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